Cidade de SP deve prorrogar quarentena e aumentar restrições

Mauro Akiin/EFE Segundo Edson Aparecido, a Prefeitura estuda bloquear algumas vias da cidade

Ao contrário das indicações para o Estado de São Paulo, a capital paulista deve implementar restrições ainda mais rígidas e prorrogar a quarentena por conta do novo coronavírus. A informação foi dita pelo secretário municipal de Saúde, Edson Aparecido, ao O Globo.

Até a quarta-feira (29) a cidade de São Paulo registrava 1.456 óbitos pela covid-19. Devido ao alto número, de acordo com Edson, já há uma decisão tomada pelo prefeito Bruno Covas. “Nós não temos como relaxar as medidas de isolamento a partir do dia 10 de maio.”

“Na capital é absolutamente impossível fazermos isso, ao contrário, nós estamos iniciando uma discussão na Prefeitura para que a gente possa fortalecer algumas dessas medidas para que a gente consiga fazer com que o isolamento na cidade possa crescer desse patamar de 48%.”

O governador do Estado, João Doria, deve flexibilizar o funcionamento do comércio e serviços em algumas regiões com poucos casos do novo coronavírus.

Novas restrições

Segundo Edson Aparecido, a Prefeitura estuda bloquear algumas vias da cidade. “Você faz um processo de bloqueio e você reduz muito [tráfego] fazendo com que as pessoas se desestimulem a sair de casa, sobretudo nas regiões onde a pressão no sistema de saúde tem aumentado continuamente”, disse o secretário.

Um das regiões que deve ter as ruas paradas é a Brasilândia, no extremo norte, que registrava o maior número de mortos da cidade até o último dia 24: eram 81 óbitos apenas no bairro.

Isolamento social

João Doria tem alertado a população em suas coletivas semanais que é importante aumentar a taxa de isolamento social. Ele reiterou várias vezes que, se ela ficasse abaixo dos 60%, seria possível voltar atrás sobre uma possível flexibilização no dia 11.

A média desse índice ficou, nos últimos dias, em 48%. Com isso, a cidade de São Paulo teve um aumento significativo de infectados e passou a notificar 4 vezes mais casos por dia — de 812 para 3.400.