Confira reação de políticos à saída de Graça Foster da Petrobras

  • Por Jovem Pan com Agência Estado
  • 04/02/2015 14h25
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Graça Foster Ricardo Borges/Folhapress Graça foster

O mercado respondeu positivamente aos boatos sobre a saída de Graça Foster da presidência da Petrobras e as ações chegaram a subir 15%. Mas, hoje, com a confirmação da mudança da diretoria, alguns políticos começaram a manifestar opiniões. O Conselho de Administração se reunirá na próxima sexta-feira (6) para eleger novas pessoas para ocuparem os cargos da presidente e dos cinco diretores que também deixam a estatal, são eles: Almir Barbassa (Finanças), José Carlos Cosenza (Abastecimento), José Miranda Formigli (Exploração e Produção), José Alcides Santoro (Gás e Energia) e José Antônio Figueiredo (Engenharia, Tecnologia e Materiais).

Marta Suplicy (PT)

Crítica do governo Dilma Rousseff, a ex-ministra e senadora Marta Suplicy disse que Graça Foster deveria ter renunciado ao cargo “há muito tempo”. “Concretizou-se o que tinha que ter sido feito há muito tempo”, disse Marta à reportagem, quando deixava a cerimônia de posse do novo ministro do TCU (Tribunal de Contas da União), Vital do Rego, no fim da manhã desta quarta.

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), não quis comentar o assunto. Também estava na cerimônia o vice-presidente Michel Temer (PMDB), que saiu sem falar com os jornalistas.

Paulo Pimenta (PT)

“Acho uma medida sensata e necessária. Na minha opinião, já poderia ter sido adotada há mais tempo”, afirmou o deputado ao deixar uma reunião da bancada do PT na Câmara.

Pimenta ironizou ainda a busca pelo novo presidente da estatal. “Além de um nome do mercado, a presidente deveria considerar que fosse alguém que tivesse identidade política com o projeto defendido na campanha eleitoral e com o que ela (Dilma) pensa para o País”.

Na lista dos cotados para substituir a presidente da Petrobras estão o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles, o ex-presidente da BR Distribuidora Rodolfo Landim, que trabalhou com Eike Batista na OGX, e o ex-presidente da Vale Roger Agnelli.

Carlos Sampaio (PSDB)

O líder do PSDB na Câmara também considerou a decisão com tardia. Para o tucano, a permanência dela à frente da estatal, após as denúncias de desvios investigadas na Lava Jato, serviu apenas para que ela “limpasse a barra do governo”.

“A própria oposição já estava pedindo desde setembro até para que as investigações pudessem fluir. Por que demorou até agora? Porque a presidente Graça Foster cumpriu uma missão para o governo. Ela estava lá para limpar a barra do governo, cumpriu essa missão e a presidente Dilma a está demitindo”, afirmou Sampaio.

Questionado sobre o que seria exatamente “limpar a barra”, Sampaio emendou: “Limpar a barra é você efetivamente não contribuir com provas que possam levar à participação do governo, do PT e de partidos aliados que foram denunciados”.

A informação da saída de Foster e de outros cinco diretores consta em ofício da estatal à BM&FBovespa, que pediu explicações sobre notícias de mudanças no comando da empresa. No informe, a Petrobras diz que ela e os diretores renunciaram a seus cargos.

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