Confronto, bombas, vandalismo, fogo e intervenção militar: manifestação chega ao fim em Brasília

  • Por Jovem Pan com Estadão Conteúdo
  • 24/05/2017 18h50
Brasília - Centrais sindicais realizam manifestação em Brasília. (Marcelo Camargo/Agência Brasil) Marcelo Camargo / Agência Brasil Manifestantes entraram em confronto com polícia em Brasilia

Depois de quase seis horas de confusão na Esplanada dos Ministério, a manifestação contra as reformas e o presidente Michel Temer chegou ao fim. Os últimos homens a deixaram o gramado foram de um grupo da cavalaria da Polícia Militar do Distrito Federal. Homens do Corpo de Bombeiros apagavam as últimas fogueiras acessas pelos manifestantes, que foram acuados em meio a bombas e carros do choque até a rodoviária da capital, onde, até o início da noite ainda havia grupos protestando e polícia em volta.

A manifestação pode não ter sido a mais violenta da cidade: em 20 de julho de 2013, na onda de manifestações que surpreendeu Dilma Rousseff, a polícia de Brasília deu início à tática de dispersar multidões com bombas. Na ocasião, o prédio do Ministério das Relações Exteriores foi invadido e o do Ministério da Saúde depredado pelos manifestantes. O protesto de hoje pode também não ter sido o maior: em 16 de março de 2016, cerca de 100 mil manifestantes ocuparam a Esplanada para pedir o impeachment de Dilma.

Nesta quarta-feira (24), a maior manifestação contra Temer, foi marcada acabou sendo marcada pela presença da Força Nacional de Segurança, por homens do Exército e até da Marinha, que atuaram nas áreas em volta dos prédios dos ministérios. Chamou atenção também o aparato e o clima de tensão no Palácio do Planalto. A segurança da Presidência chegou a colocar 30 homens do batalhão da guarda presidencial com escudos em cima da rampa, um símbolo da política e arquitetura da cidade.

Organizado por diferentes entidades sindicais e políticas, o protesto foi marcado também pelos variados discursos. Enquanto um carro de som pedia para manifestantes resistirem às ações da Polícia, outros faziam apelo para que o público recuasse diante das bombas. A tática da polícia de dispersar a multidão foi a mesma de protestos passados, houve lançamento de bombas no grosso da multidão que estava no gramado entre os prédios do Itamaraty e do Ministério da Justiça, mais acima do gramado do Congresso.

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