Conheça os termos usados durante os desfiles e saiba o que significam

Termos técnicos, partes dos sambódromos e gírias carnavalescas podem confundir os espectadores que não estão acostumados com o dia a dia das escolas de samba

  • Por Jovem Pan
  • 17/02/2023 20h38 - Atualizado em 17/02/2023 20h39
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NEWTON MENEZES/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO - 22/02/2020 Desfile da escola de samba Império de Casa Verde, no grupo especiel do Carnaval 2020, no Sambódromo do Anhembi em São Paulo (SP) Desfile da escola de samba Império de Casa Verde

O Carnaval é uma das maiores festas do Brasil e a transmissão dos desfiles das escolas de samba de São Paulo e do Rio de Janeiro atinge milhões de espectadores ao redor do país, muitos que não tem ligação ou acompanham o dia-a-dia da festa. Por isso, muitas vezes termos que são usados nas transmissões, como “paradinha”, “buraco”, “recuo” e outros, acabam gerando dúvidas em quem assiste os desfiles. A Jovem Pan elaborou um pequeno guia com as explicações dos principais termos usados nas transmissões dos desfiles das escolas de samba. Confira abaixo alguns deles:

Concentração

A concentração é a parte do sambódromo em que a escola se organiza antes de entrar para a avenida. Lá, todos os componentes e carros alegóricos são colocados em ordem e organizados pelos membros da agremiação. É comum entradas de repórteres ao vivo direto da concentração. Nada do que acontece lá é avaliado ou levado em consideração pelos jurados na hora de atribuir as notas.

Comissão de Frente

Composta por no máximo 15 componentes visíveis, é responsável por apresentar o desfile para o público e para os jurados. Além disso, é contabilizada como um quesito à parte, sendo crucial para o bom desempenho da escola. É marcada por coreografias diferentes do restante da escola, com movimentos mais trabalhados e ligados diretamente com o enredo. Também é permitida a utilização de tripés e pequenos carros alegóricos de apoio.

Chão

A palavra “chão” é utilizada no meio do Carnaval para se referir à comunidade da escola e aos componentes durante o desfile, visando exaltar um canto forte ou uma grande interação dos membros com o sambódromo. Costuma ser visto como um ponto decisivo no Carnaval, sendo o diferencial de algumas escolas.

Ala

Uma ala nada mais é do que o grupo de pessoas que usam a mesma fantasia nos desfiles. A quantidade de membros varia de escola para escola, assim como sua disposição na avenida. Dentro das alas, todos devem estar com as mesmas fantasias, sendo proibida a presença de pessoas com roupas diferentes entre os componentes — salvo casos em que isso é previsto na pasta entregue pelas escolas aos jurados. A quantidade de alas costuma variar entre as escolas, com números oscilando entre 18 e 23, normalmente.

Buraco na Avenida

Esse termo só é usado se o desfile estiver com problemas e está relacionado ao quesito evolução. “Buraco” é usado quando o espaço entre duas partes da escola é maior do que o padrão apresentado pela escola em outros setores. Esse tipo de situação pode e deve ser penalizada pelos jurados. Outra coisa proibida é membros de uma ala invadirem o espaço de outra, o que também configura problemas de evolução e é passível de punição.

Paradinha

“Paradinha”, breque, arranjo, bossa e convenção são todos sinônimos para as intervenções da bateria durante o desfile. Ao contrário do que o nome diz, a “paradinha” não necessariamente envolve a bateria deixar de tocar. As intervenções passaram a ser obrigatórias e as baterias podem ser penalizadas caso não façam. Além disso, é necessário haver sincronia dos arranjos com a letra do samba e o canto da escola.

Paradão

O “paradão” também é uma intervenção da bateria durante o desfile, mas, nesse caso, normalmente, os ritmistas deixam de tocar e apenas cantam ao lado da escola. Costuma ser aplicado em refrões ou em trechos mais fortes do samba-enredo e visa valorizar e mostrar a força do canto da escola. Costuma render momentos icônicos nos desfiles. Relembre um dos maiores “paradões” da história do Carnaval carioca, praticado pela Mangueira em 2012:

Recuo

O recuo é a parte localizada próximo à metade do trajeto do sambódromo em que a bateria fica durante o desfile. O espaço comporta todos os ritmistas da bateria, o carro de som que traz a equipe de cordas e o time de canto. Cabines de jurados, especialmente do quesito bateria, também ficam localizadas próximas ao recuo. A bateria costuma entrar no espaço logo no começo do desfile e sair junto com as últimas alas.

Dispersão

É a área que fica depois da linha final do sambódromo, onde a escola encerra o desfile. É onde os carros manobram para deixarem o complexo e onde os componentes e membros da escola comemoram o fechar do portão e a conclusão do trabalho.

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