Coronavac é eficaz contra variantes do coronavírus que circulam no Brasil, afirma Doria
Governador afirmou que eficácia da vacina foi comprovada por pesquisa feita pelo Instituto Butantan em parceria com a Universidade de São Paulo
A vacina Coronavac, desenvolvida com tecnologia chinesa pelo Instituto Butantan, é eficaz contra a variante brasileira, britânica e sul africana do novo coronavírus que circulam no Brasil segundo dados preliminares de uma pesquisa realizada pelo Butantan em parceria com a Universidade de São Paulo. A informação foi dada pelo Governo de São Paulo em coletiva de imprensa nesta quarta-feira, 10. “Uma nova pesquisa comprova que a vacina do Butantan, essa mesma que estamos vacinando aqui em São Paulo e em todo o Brasil, é eficaz contra as novas cepas do coronavírus. Essa é uma excepcional notícia da ciência, mas uma excepcional notícia para a vida. A vacina do Butantan imuniza os vacinados contra as novas variantes da Covid-19”, afirmou o governador João Doria.
O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, lembrou que o estado monitorava a presença da Covid-19 no país e a partir do mês de dezembro de 2020 começou a perceber a circulação de mutações mais graves do novo coronavírus. “Nós já sabíamos que os anticorpos produzidos pela vacina do Butantan já tinham eficiência contra as variantes do Reino Unido e da África do Sul, e agora, o Instituto Butantan em associação com a Universidade de São Paulo, mostramos que também ela tem eficiência contra as variantes P1 e P2. Portanto, estamos diante de uma vacina que é efetiva em proteção contra essas variantes que estão circulando neste momento”, garantiu. A informação, porém, é baseada em dados preliminares com amostras de 35 participantes vacinados na Fase III de estudos da Coronavac. Segundo o governo de SP, o balanço científico completo, com um maior número de amostras, deverá ser disponibilizado em breve.
Os testes para detectar a eficácia da vacina contra as novas variantes utilizaram soros de pessoas vacinadas, colhidos em exame de sangue, dentro de um cultivo de células infectadas posteriormente com as variantes do coronavírus. A partir daí, os pesquisadores testaram se os anticorpos gerados pela vacina neutralizaram os vírus dentro daquele cultivo. Apesar das informações preliminares, nenhum detalhe sobre porcentagem de imunização foi detalhado pelo governo até o momento. Covas lembrou que as variantes que circulam no Brasil mostram maior possibilidade de transmissão e até mesmo o aumento da carga viral dos infectados. “Estamos vivendo um momento grave não só pela evolução natural da pandemia, mas também porque neste momento existe uma variante mais agressiva”, afirmou. O diretor também informou que o Instituto Butantan deve entregar 1,2 milhão de doses de vacina ao Ministério da Saúde nesta quarta-feira e 3,3 milhões na próxima segunda-feira. “É superior ao montante de vacinas que o Brasil recebeu de outras fontes”, disse, garatindo que 22,7 milhões de doses serão entregues até o fim de março.
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