Covid-19: Cartórios de SP têm queda de até 70% nas mortes de idosos e aumento entre os jovens

Faixa etária de 40 a 49 anos é a mais afetada entre a população não idosa, com crescimento de quase 100%; presidente da Arpen relaciona diminuição de óbitos com avanço da vacinação

  • Por Jovem Pan
  • 22/04/2021 17h18 - Atualizado em 22/04/2021 17h19
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Paulo Guereta/Agência O Dia/Estadão Conteúdo - 25/03/2021 Vestidos com roupas de proteção, coveiros enterram vítima da Covid-19 na Vila Formosa Mortes entre jovens cresceram no Brasil

Pouco mais de um ano após o início da pandemia da Covid-19, os cartórios do Estado de São Paulo começaram a registrar redução nos atestados de óbitos de idosos e viram o crescimento na emissão de documentos comprobatórios de morte para a população entre 20 e 59 anos. Segundo os dados contabilizados pelo Portal da Transparência do Registro Civil, as mortes de pessoas entre 90 e 99 anos reduziram em 70%; de pessoas entre 80 e 89 anos caíram 54%, e entre 70 e 79 anos, 3%. A população entre 60 e 69 anos apresentou um leve crescimento nas mortes. Em março de 2020, representavam em média 23% dos óbitos, passando para 27,4% na primeira quinzena de abril. Já entre os mais jovens, os falecimentos de pessoas entre 20 e 29 anos, que antes eram 0,8% do total por coronavírus no Estado, chegaram a 1,2% (crescimento de 40%); entre 30 e 39 anos subiram de 3% para 5% (aumento de 69%) e entre 50 e 59 anos, que era 12,3%, cresceram para 18,8%, acréscimo de 53%. A faixa etária de 40 a 49 anos é a mais afetada entre a população não idosa. Até janeiro de 2021, representava 5,4% dos óbitos pela doença; hoje, é 10,5% do total, um aumento de quase 100%.

O números compararam dados computados no fim de 2020 e no início de abril de 2021, um dos momentos mais severos da pandemia no Estado, que chegou a registrar mais de mil mortes por dia causadas pela Covid-19 e ultrapassar a faixa de 90% dos leitos ocupados. A presidente da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais do Estado de São Paulo (Arpen/SP), Daniela Silva Mroz, faz ligação entre a população imunizada no Estado e a queda de morte entre os idosos. “Com as informações do Portal da Transparência, podemos fiscalizar e comprovar a eficácia da vacina. E também salientar que a população jovem deve continuar se precavendo, até a hora de poder receber sua dose”, afirmou. Segundo o vacinômetro do Estado, 3,5 milhões de pessoas já receberam as duas doses do imunizante em SP até o momento.

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