Crivella admite buscar apoio do PMDB no 2º turno, menos de Pedro Paulo

  • Por Estadão Conteúdo
  • 03/10/2016 17h03
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O candidato ao cargo de governador do Rio de Janeiro, classificado para o 2º turno, Marcelo Crivella (PRB, fala à imprensa (Fernando Frazão/Agência Brasil) Fernando Frazão/Agência Brasil Marcelo Crivella em 2014 - ABR

O candidato Marcelo Crivella (PRB) começou, nesta segunda-feira, 3, a costurar apoios para disputar o segundo turno das eleições para a prefeitura do Rio. O senador licenciado afirmou que já conversou por telefone com o candidato Carlos Osorio (PSDB) e também com o presidente licenciado do PSD e ministro da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações, Gilberto Kassab, com quem se encontrará nesta terça-feira, 4, em Brasília. O PSD é o partido de Índio da Costa, que ficou em quinto lugar no primeiro turno, com 8,99% dos votos.

“Já conversei com Kassab pelo telefone e vamos nos encontrar. Também vou procurar o (senador) Aécio Neves (presidente nacional dos tucanos) e colegas senadores do PSDB e de outros partidos”, disse Crivella, durante uma reunião de campanha na sede do PRB, em Benfica, na zona norte.

Crivella afirmou que não pretende conversar com o candidato derrotado do PMDB, Pedro Paulo, mas revelou que vai procurar outros parlamentares do partido, em busca de apoio. Já PCdoB e Rede, representados por Jandira Feghali e Alessandro Molon, já se comprometeram a apoiar Marcelo Freixo no segundo turno.

“Não podemos generalizar nada na vida, senão vamos cometer injustiças imperdoáveis. Há muitas pessoas do PMDB que são honradas. Nós temos de fazer distinções. Já outras pessoas foram citadas em delações. Essas não queremos conosco, até que as coisas se esclareçam. Os demais são bem vindos”, disse.

Aos jornalistas, Crivella disse que também vai procurar o apoio de Flavio Bolsonaro (PSC). O candidato derrotado no primeiro turno postou um vídeo no Facebook, neste domingo, em que pedia para que seus eleitores não votassem no candidato do PSOL, Marcelo Freixo. Não declarou, porém, apoio a Crivella.

“Nós podemos construir uma aliança ética de princípios e valores, sem que ele tenha que abandonar os valores dele e nem eu os meus. Também já falei com Osorio, só não conversei com Jandira (Feghali, do PCdoB) e Alessandro Molon (REDE) porque o PT decidiu apoiar o Freixo”, afirmou.

Cobrança

Durante o ato, Crivella projetou, em um telão, o mapa dos resultados da votação por zonas, a uma plateia de cerca de 200 pessoas, entre aliados e cabos eleitorais. Quando falava de uma zona em que não foi boa, chamava a atenção do cabo responsável pela área, quando o resultado foi positivo, pedia aplausos para quem trabalhou no local.

“Vila Isabel (zona norte) é uma preocupação para a gente. O Marcelo Freixo foi muito bem lá. (Em) Jardim Botânico, Gávea, Leblon e Lagoa (zona sul) fomos mal. Ganhamos no Catumbi (região central). Quem atuou? Uma salva de palmas!”, disse Crivella. “Copacabana e Leme (zona sul) é (sic) uma tragédia. Precisamos conversar com os eleitores de lá. Cascadura é nossa área. Temos que conter o Freixo lá. Temos que superar ele em Vicente de Carvalho também”, disse.

171

As coordenadas eram acompanhadas atentamente pelos presentes no auditório. Também houve momentos de descontração, como quando o candidato cantou um samba-exaltação à Mangueira e uma música que cita o bairro de Madureira (zona norte), ao comentar o seu bom desempenho nestas regiões. Ao analisar uma zona com o número 171, número do Código Penal para o crime de estelionato, fez piada.

“Que estranho, pensei que o PMDB ganharia nesse local”, afirmou, seguido de gargalhadas da plateia.

Ele também definiu como estratégia não tocar no assunto ética nos debates com Freixo e priorizar questões comportamentais. “Eu e Freixo superamos a primeira fase, onde a tônica foi a ética da política. Tanto ele como eu temos uma trajetória na vida pública que faz com essas preocupações fiquem para trás. Agora as questões comportamentais serão abordadas, como a questão do aborto e da saúde pública. Temos posições distintas e vamos debater cada um com os seus argumentos, em tom respeitoso. Temos que aprender a respeitar as diferenças”, afirmou.

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