Crivella atribui destruição após chuvas a ‘problema histórico de ocupação de morros’ e mudanças climáticas

  • Por Jovem Pan
  • 07/02/2019 18h45 - Atualizado em 07/02/2019 18h50
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Arquivo/Agência Brasil Prefeito ainda afirmou que sua gestão sempre priorizou o trabalho de contenção de encostas

O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (PRB), concedeu entrevista coletiva no fim da tarde desta quinta-feira (7) para falar sobre as mortes e as destruições causadas pelo temporal que atingiu a cidade na madrugada de quarta (6). O prefeito atribuiu o desastre a “problemas históricos de ocupações de morros” e a mudanças climáticas. Além disso, pediu para que o caso seja tratado “de maneira inteligente” e “sem exploração política”.

“A Avenida Niemeyer talvez seja um dos locais em que a prefeitura mais fez obras de contenção de encostas em todos os tempos. Eu nasci na região, me criei ali, não me consta que tenhamos tido um volume de solo de cobertura e árvores caindo como tivemos dessa vez. Então é muito importante que todos nós venhamos a entender de maneira inteligente, sem razões políticas ou debates que não levam a nada”, disse.

“Vamos fazer uma análise criteriosa de engenheiros e cidadãos esclarecidos. A região é habitada em setores inadequados, como muitos outros lugares, isso é histórico em nosso país. Uma tragédia que amarguramos há séculos. O problema de ocupação de morros no Rio de Janeiro é antigo. Agora, naquela comunidade, naquela área, não me consta registros de deslizamentos no volume daquele que caiu onde perdemos um trecho da ciclovia [Tim Maia]. Isso nos alerta a outra coisa que tem que ser discutida: as mudanças climáticas”, completou, citando o aumento na proporção de dióxido de carbono na atmosfera.

Gestão “priorizou contenção de encostas”

Crivella ainda afirmou que sua gestão sempre priorizou o trabalho de contenção de encostas. “Em meu governo, não sei se houve outro setor com o qual nos preocupamos tanto”, afirmou. Segundo ele, as autoridades realizaram esses serviços até mesmo “em um momento de dificuldade extrema” com a prefeitura tendo que lidar com o déficit causado na organização dos Jogos Olímpicos de 2016.

Em relação às seis mortes confirmadas até o momento, o prefeito “expressou sua dor”. “É por isso que o município está em luto. Pedimos a Deus que console as famílias e que tenha essas almas, já que nós todos não soubemos guardá-las, que Deus as guarde no céu.”

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