Crivella vai manter shoppings, bares e restaurantes fechados no RJ
O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (Republicanos), anunciou neste domingo (7) que seguirá o próprio plano municipal de flexibilização do isolamento em função do combate ao coronavírus.
Na noite de sexta-feira (5), o governo do estado recomendou a reabertura imediata de shoppings centers, bares, restaurantes e pontos turísticos, entre outros estabelecimentos. Mas o município manterá tudo fechado por enquanto, seguindo o roteiro anunciado na semana passada, que prevê a reabertura em seis fases.
A decisão foi tomada durante reunião do conselho científico do município, que reúne mais de 20 profissionais e foi criado para analisar a pandemia e aconselhar a prefeitura em relação a medidas adotadas pela administração. O município registrava, até o sábado (6) 35.703 casos de Covid-19 e 4.401 mortes.
Desde o dia 2 de junho estão autorizados a funcionar, no município do Rio, lojas de móveis e decoração e agências de automóveis. Exercícios nos calçadões também foram autorizados, assim como atividades físicas individuais no mar, como natação e surfe. Segue proibido ficar na areia. Atividades em templos religiosos foram autorizadas, mas houve recurso judicial e por enquanto elas estão suspensas por ordem da Justiça.
Segundo a previsão da prefeitura, os shoppings centers e centros comerciais poderão reabrir a partir do próximo dia 17. Bares e restaurantes poderão voltar a receber clientes a partir de 2 de julho – por enquanto eles estão autorizados a funcionar em sistema de entregas.
Os pontos turísticos, como o Pão de Açúcar e o Cristo Redentor, devem ser autorizados a funcionar a partir do dia 17 de julho. O esporte de alto rendimento, como os jogos do Campeonato Carioca de futebol, poderá ser retomado em 17 de junho. Consultas e exames de rotina na rede municipal de saúde devem ser retomadas no próximo dia 18. Tudo depende, no entanto, da avaliação do conselho científico. Se os dados de incidência da Covid-19 se agravarem, por exemplo, a retomada de qualquer dessas atividades poderá ser adiada.
Segundo o subsecretário municipal de Saúde, Jorge Darze, o decreto com as regras de flexibilização recomendadas pela prefeitura surpreendeu a prefeitura, porque não foi apresentado nenhum estudo capaz de justificar as medidas. “Por isso nós seguimos o planejamento municipal, baseado em estudos sobre o número de mortes e a capacidade dos hospitais”, afirmou.
Segundo expôs Crivella, o número de óbitos no município do Rio se estabilizou a partir do final de maio. Ele usou um critério que consiste em somar as mortes registradas nos últimos sete dias e dividir pelas mortes registradas nos sete dias imediatamente anteriores. Se o resultado for menor que um, indica que o número de mortes está em queda.
Os dados da prefeitura indicam que, em cada dia de junho, estão morrendo cerca de 55 pessoas a mais do que o registrado em junho de 2019. Embora ainda ruim, o número é bem menor do que em maio, quando o adicional diário de mortes foi de aproximadamente 160, em relação ao mesmo mês de 2019.
*Com Estadão Conteúdo
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