Defesa de Witzel recorre contra decisão que interrompe prazo de julgamento

A conclusão do processo de impeachment do governador afastado do Rio estava prevista para abril de 2021

  • Por Jovem Pan
  • 04/01/2021 22h21
WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO Wilson Witzel gesticula Pesam contra Wilson Witzel três denúncias de corrupção; o político está afastado do Governo do Estado do Rio desde agosto

Após despacho do desembargador Claudio de Mello Tavares para interromper o prazo de conclusão do processo de impeachment de Wilson Witzel (PSC), governador afastado do Rio de Janeiro, previsto para ser concluído em abril de 2021, a defesa entrou com recurso para reverter a decisão. O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) informou que o pedido será analisado. Mello Tavares vai preparar a sua decisão, que será apreciada pelos dez integrantes do Tribunal Especial Misto, composto por cinco desembargadores e cinco deputados estaduais. Porém, a data de votação ainda não foi definida. O Tribunal Especial Misto pretende aproveitar a ocasião para ouvir as duas últimas testemunhas do processo que não haviam sido localizadas. A definição do dia para a votação do recurso, portanto, será feita após a intimação das testemunhas, segundo informações do TJRJ.

A decisão de Mello Tavares ocorreu após o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes ter acatado o pedido de adiamento do interrogatório de Witzel, que estava agendado para a última segunda, 28. Moraes justificou que a defesa do governador afastado poderia ser prejudicada e concedeu a suspensão do interrogatório até que todas as testemunhas fossem ouvidas e que a defesa tivesse acesso aos documentos encaminhados pelo Superior Tribunal de Justiça ao Tribunal Especial Misto. Wilson Witzel está afastado do Governo do Estado do Rio desde agosto. Pesam contra ele três denúncias de corrupção. Ele é acusado de ter lavado R$ 554 mil, utilizando-se do escritório de advogacia da primeira-dama, Helena Witzel; de integrar o núcleo político de uma organização criminosa; e de ter recebido R$ 53 milhões em propina em um esquema de corrupção envolvendo organizações sociais (OS) da área da saúde.

* Com Estadão Conteúdo

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