Delegado preso como mandante da morte de Marielle consolou família e disse que solucionar o crime era ‘questão de honra’
Rivaldo Barbosa assumiu, em 13 de março de 2018, a chefia da Polícia Civil do Rio de Janeiro, um dia antes do assassinato da vereadora
Rivaldo Barbosa, delegado preso neste domingo, 24, suspeito de ser um dos mandantes do assassinato de Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, consolou a família da vereadora e disse que solucionar o crime era questão de honra. Barbosa assumiu, em 13 de março de 2018, a chefia da Polícia Civil do Rio de Janeiro, um dia antes do assassinato de Marielle. Antes de ganhar o mandato na Câmara do Rio, a vereadora era assessora do deputado Marcelo Freixo (PT), hoje presidente da Embratur. Ele contou que Rivaldo Barbosa recebeu as famílias das vítimas no dia seguinte ao assassinato. “Foi para Rivaldo Barbosa que liguei quando soube do assassinato da Marielle e do Anderson e me dirigia ao local do crime. Ele era chefe da Polícia Civil e recebeu as famílias no dia seguinte junto comigo. Agora Rivaldo está preso por ter atuado para proteger os mandantes do crime, impedindo que as investigações avançassem. Isso diz muito sobre o Rio de Janeiro”, disse, nas redes sociais.
Segundo a mulher de Freixo, Antonia Pellegrino, diretora da EBC, o delegado Rivaldo Barbosa se colocou à disposição de todos. “Nunca vou me esquecer de Rivaldo Barbosa recebendo a família e os amigos da Marielle, no dia 15 de março. Ao sairmos da sede da polícia, o então chefe da Civil me disse: ‘Qualquer coisa estranha, qualquer insegurança, me liga'”, contou. As primeiras informações policiais sobre a prisão do delegado Rivaldo Barbosa indicam que ele atuou para proteger os irmãos Chiquinho Brazão, deputado federal, e Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio. Ambos são apontados como o mandante do crime, e para atrapalhar as investigações.
*Com informação do Estadão Conteúdo
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