No Twitter, deputado Major Vitor Hugo nega existência de acordo

O deputado Filipe Barros (PSL-PR), que integra a ala bolsonarista, deixou claro que a disputa pela liderança deve perdurar. ‘Se apresentarem 20 listas para manter o Waldir na liderança, apresentaremos 21’, tuitou

  • 21/10/2019 17h35 - Atualizado em 21/10/2019 17h35
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Michel Jesus/Câmara dos Deputados major vitor hugo, homem careca, de terno e gravata, segurando no microfone Major Vitor Hugo (PSL-GO) nega acordo mencionado pelo více-líder do partido, Júnior Bozzella

O conflito público entre as alas bivarista e bolsonarista do PSL, que ganhou novos capítulos nesta segunda-feira (21) parece longe de acabar. Pelo Twitter, o deputado Major Vitor Hugo (PSL-GO), que é líder do governo na Câmara, negou que tenha havido um acordo entre as partes mediado pelo ministro da Secretaria de Governo, general Luiz Eduardo Ramos.

Segundo o deputado, Ramos o contatou para informar que não havia qualquer acerto entre os parlamentares, contradizendo Júnior Bozzella (PSL-SP), que mais cedo mencionou um acordo entre as partes.

O acordo incluiria, a permanência de Delegado Waldir (PSL-GO) da liderança no PSL na Câmara até janeiro de 2020. A permanência de Waldir no cargo viria em troca do fim da suspensão das atividades partidárias de cinco parlamentares ligados a Bolsonaro.

“O ministro Ramos esclareceu que não fez qualquer acerto, que apenas manteve conversas preliminares e que não havia me falado nem mesmo sobre essas conversas porque não tinha havido avanços”, escreveu Vitor Hugo no Twitter.

Ainda no Twitter, o deputado Filipe Barros (PSL-PR), que integra a ala bolsonarista do partido, deixou claro que a disputa pela liderança deve perdurar.

“Se apresentarem 10 listas para manter o Waldir na liderança, apresentaremos 11. Se apresentarem 20 listas para manter o Waldir na liderança, apresentaremos 21”, tuitou Barros.

A crise no partido começou após Jair Bolsonaro articular a destituição de Waldir do cargo de líder do PSL para a nomeação de seu filho durante a semana passada. A manobra, no entanto, não deu certo mesmo com duas listas protocoladas na Câmara, uma com 26 assinaturas e outra com 24 nomes.

Em um movimento da ala bivarista do partido, uma terceira lista – com 29 nomes – pedia o retorno de Waldir à liderança e, na última quinta-feira, o deputado foi validado e reconduzido ao cargo de líder, que já não ocupa mais oficialmente. Nesta segunda, o nome de Eduardo Bolsonaro foi aprovado pela Seceretaria-Geral da Câmara dos Deputados.

*Com informações do Estadão Conteúdo

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