Desaparecidos após passagem de ciclone no Rio Grande do Sul sobem para 46, diz Defesa Civil

Até o momento, também foram confirmadas 41 mortes causadas pelas chuvas; governador se reuniu com prefeitos para discutir reconstrução da região

  • Por Jovem Pan
  • 08/09/2023 14h20 - Atualizado em 08/09/2023 17h32
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DIOGO ZANATTA/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO Mortes RS Segundo as autoridades, mais de 3 mil pessoas foram resgatadas até o momento

Subiu para 46 o número de desaparecidos em decorrência das chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul ao longo da semana. Na quinta-feira, 7, as autoridades informavam 26 desaparecidos. De acordo com boletim divulgado pela Defesa Civil do Estado nesta sexta-feira, 8, às 12h, oito pessoas estão desaparecidas na cidade de Lajeado, oito em Arroio do Meio e 30 em Muçum. O total de óbitos até o momento é de 41, com Muçum sendo a cidade mais afetada, com 15 mortos. Em seguida, vêm Roca Sales (10), Cruzeiro do Sul (4), Lajeado (3), Estrela e Ibiraiaras (2) e Encantado, Imigrante, Mato Castelhano, Passo Fundo e Santa Tereza (1). De acordo com a Defesa Civil, mais de 3,1 mil pessoas foram resgatadas e 73 ficaram feridas durante o período. O total de cidadãos afetados pelos temporais é de aproximadamente 135 mil. O total de desabrigados é de 3.046, enquanto o número de desalojados chega a 7.881. O Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM) do Rio Grande do Sul confirmou que treze trechos de estradas estão bloqueados total ou parcialmente em nove rodovias diferentes. De acordo com as autoridades, duas pontes foram destruídas e algumas pistas ainda estão alagadas.

O governador Eduardo Leite (PSDB) se reuniu com 23 prefeitos de municípios da Serra Gaúcha para discutir a recuperação e reconstrução após as chuvas. “Neste momento, nosso principal apelo ao governo federal – que tem se mostrado sensível à situação do Rio Grande do Sul – é de não deixar a burocracia emperrar a reconstrução das cidades atingidas pela enchente no Vale do Taquari. É natural que, ao lidar com dinheiro público, tenhamos que seguir ritos e processos, mas estamos falando de municípios que foram quase totalmente destruídos e não têm nem mesmo a capacidade técnica para elaborar planos de trabalho agora”, disse Leite, que continuou: “Não podemos deixar que as pessoas sejam vítimas duas vezes – primeiro da enchente e, agora, da desassistência do poder público”. Desde o início das chuvas, 12 municípios decretara msituação de emergência e os principais danos na Serra foram registrados em prédios públicos, áreas agrícolas, moradias e comércios.

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