Doria diz que confronto entre Poderes é prejudicial ao país e à reforma da Previdência

Nesta segunda-feira, o ministro Alexandre do Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), censurou uma matéria que ligava o presidente da Corte, ministro Dias Toffoli, à Odebrecht

  • Por Jovem Pan
  • 16/04/2019 10h25
Estadão Conteúdo O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), se manifestou nesta terça-feira (16) sobre a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de censurar reportagem que ligava o presidente da Corte, Dias Toffoli, à Odebrecht

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), disse na manhã desta terça-feira (16) que o confronto entre Poderes é prejudicial ao país e que não vai ajudar na construção da democracia nem na aprovação da reforma da Previdência. Doria se referia à censura imposta pelo ministro Alexandre do Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a uma matéria que ligava o presidente da Corte, ministro Dias Toffoli, à Odebrecht.

“O Brasil precisa de paz, precisa de equilíbrio, de serenidade, não pode haver confrontos entre Judiciário, Legislativo e Executivo”, disse. “Isso não contribuiu ao Brasil, isso não vai ajudar a construir nem a democracia nem a aprovação da reforma da Previdência, nem dar ao país a calma e a tranquilidade dentro do exercício democrático para o avanço da economia e o respeito às instituições.”

Nesta segunda, o ministro Alexandre de Moraes determinou que a revista Crusoé e o site O Antagonista retirem, imediatamente, do ar uma reportagem intitulada O amigo do amigo de meu pai. A matéria, que tem como base um processo que estava nos autos da Operação Lava Jato, relatava que o empreiteiro Marcelo Odebrecht revelou à Polícia Federal que o codinome O amigo do amigo de meu pai referia-se a Toffoli. Entre 2007 e 20098, o atual presidente do STF era advogado-geral da União do governo Lula.

Um dia depois de a matéria ir ao ar, o documento foi retirado do processo.

A Polícia Federal cumpre, nesta terça, mandados de busca e apreensão em ao menos dez endereços. Os mandados judiciais foram autorizados por Moraes, no âmbito do inquérito que investiga a reportagem da Crusoé.

A casa do general da Reserva, Paulo Chagas, foi alvo de um dos mandados. Ele foi candidato ao governo do DF na última eleição e a investigação suspeita que mensagens publicadas pelo militar difundiram crimes contra a honra dos ministros e o fechamento do Supremo.

*Com informações do Estadão Conteúdo

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