Doria escala vice para Secretaria de Governo e esboça primeiro escalão em São Paulo

  • Por Jovem Pan
  • 01/11/2018 20h13
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Johnny Drum/Jovem Pan Novo governador de SP, tucano já prepara lista de "secretariáveis"

O governador eleito de São Paulo, João Doria (PSDB), escolheu o vice Rodrigo Garcia (DEM) para comandar a Secretaria de Governo, órgão pelo qual passam todos os projetos do Poder Executivo estadual. O tucano já começou a montar um esboço de seu secretariado. A lista inclui nomes que Doria não conseguiu emplacar na capital enquanto prefeito.

Eleito domingo (28) após vencer o atual governador Márcio França (PSB), Doria tem como nome favorito para a Secretaria da Fazenda a economista Ana Carla Abrão, que recusou seu convite para cuidar da pasta na cidade de São Paulo em 2016. Ela já foi secretária no estado de Goiás. Na ocasião da recusa, o então prefeito selecionou Caio Megale, que permanece na função até hoje.

Diretor do Instituto Ayrton Senna e ex-secretário de Pernambuco, Mozart Neves Ramos é cotado para a Educação. Para a área de Saúde, Doria flerta com o médico Cláudio Lottenberb, que presidiu o Hospital Albert Einstein. Entretanto, o nome de David Uip, secretário da Saúde de Geraldo Alckmin (PSDB) não foi descartado para um possível retorno.

Ex-chefe de gabinete de Doria, Wilson Pedroso pode ser indicado à Casa Civil ou, ainda, se tornar o secretário particular do governador. Pedroso é homem de confiança do tucano e coordena o processo de transição junto com Rodrigo Garcia. Também o ex-prefeito de São Paulo e ministro das Comunicações Gilberto Kassab (PSD) deve ganhar uma pasta, ainda não definida.

A gestão que começa em janeiro deve trazer gestores de pastas paulistanas, que acompanharam Doria depois se sua vitória contra Fernando Haddad (PT) em 2016: Fábio Santos é cotado para a Subsecretaria de Comunicação e Julio Serson, responsável por relações internacionais, deve ser chamado a atuar no Palácio dos Bandeirantes.

Bolsodoria

Depois de declarar apoio a Jair Bolsonaro (PSL) no pleito presidencial, João Doria deve continuar tentando se aproximar do PSL. O partido elegeu a maior bancada da Assembleia Legislativa paulista, com 15 deputados. Um deles, Frederico d’Ávila, foi diretor da Sociedade Rural Brasileira, colaborou com o programa de governo de Bolsonaro e pode aparecer como chefe de pasta estadual.

Secretários de França estão descartados

Enquanto há dúvidas sobre os nomes definitivos, a equipe tem uma certeza: nenhum secretário da gestão de Márcio França deve permanecer no cargo. A regra inclui quadros do próprio PSDB, como Saulo de Castro (Governo), que apoiou França na eleição. Castro foi expulso do partido pela direção municipal, mas a decisão foi revogada em plano nacional.

Para tentar atrair o apoio do PSL, que elegeu a maior bancada na Assembleia Legislativa, com 15 deputados, a equipe de Doria cogita o nome de Frederico D’ Ávila, que foi eleito deputado estadual pelo partido de Bolsonaro. Próximo ao PSDB, ele é diretor da Sociedade Rural Brasileira e colaborou com o programa do presidente eleito.

*Com informações do Estadão Conteúdo

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