Edinho Silva diz que relações com empreiteiro foram “dentro da legalidade”
O ministro da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva, disse nesta quinta-feira (7), por meio de nota, que sua relação política com o ex-presidente da empreiteira OAS Léo Pinheiro, condenado no esquema de corrupção da Petrobras, sempre se deu “de forma transparente e dentro da legalidade”.
De acordo com reportagem do canal de TV Globo News, entre 2012 e 2014, o ministro trocou mensagens com Pinheiro em que combinava doações para a campanha da presidenta Dilma Rousseff à reeleição.
Em nota publicada em seu blog pessoal, o ministro, que foi coordenador financeiro da campanha de Dilma, diz que esteve com o executivo diversas vezes discutindo temas legislativos e relacionados a “doações legais”.
Edinho diz que sempre manteve relações políticas com empresários de “forma transparente e dentro da legalidade”. O ministro, que já foi deputado estadual pelo PT de São Paulo e presidente do partido no estado, disse que considera “impossível que alguém que ocupe cargo público deixe de dialogar com representantes da sociedade civil, inclusive empresários”.
“Todas as doações para a campanha à reeleição da presidenta Dilma Rousseff, em 2014, foram efetuadas dentro da legalidade. As contas de campanha foram aprovadas por unanimidade pelo Tribunal Superior Eleitoral”, escreveu.
Em relação a presentes recebidos do empresário em seu aniversário, também registrados nas mensagens, o ministro diz que o fato “nunca significou ou implicou qualquer contrapartida que significasse atos ilícitos”.
No blog, Edinho Silva também criticou o que classificou de “vazamentos seletivos e fora de contexto” da quebra do sigilo telefônico do executivo da OAS.
Jaques Wagner
Também vazaram nessa quinta-feira informações sobre troca de mensagens entre Pinheiro e o ministro-chefe da Casa Civil, Jaques Wagner.
Segundo reportagem do jornal O Estado de São Paulo, quando era governador da Bahia, Wagner e o executivo da empreiteira negociaram apoio financeiro para a campanha do PT à prefeitura de Salvador, em 2012. Nas mensagens, o então governador também recebeu pedidos para intermediar interesses do empresário junto ao Ministério dos Transportes.
Em nota, o ministro disse estar “absolutamente tranquilo” em relação a sua “atividade política institucional”.
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