Em ato com Lula, presidente da CUT chama manifestantes para “tomar Brasília”

  • Por Estadão Conteúdo
  • 25/08/2016 12h06
Reprodução/CUT Vagner Freitas

Em ato com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, convocou os trabalhadores para manifestação em Brasília, na próxima segunda-feira, 29, quando a presidente afastada, Dilma Rousseff, será ouvida no Senado, no julgamento do processo de impeachment. 

“Vamos tomar Brasília de vermelho. Rumo à greve geral”, afirmou Freitas, que participa de ato em frente ao estaleiro Eisa PetroUm, antigo Mauá, onde estão paradas as obras de construção de três navios contratados pela Transpetro, subsidiária da Petrobras. 

Assim como a maioria dos sindicalistas que discursaram, o presidente da CUT acusou a Operação Lava Jato, que investiga a corrupção na estatal petrolífera, de promover o desemprego no País. “A Lava Jato, a única coisa que lavou, foi o emprego do trabalhador. Porque os corruptos não estão sendo punidos, mas os trabalhadores perderam o seu emprego. Tem que punir as pessoas e não as empresas”, disse o presidente da CUT. 

Lula

O ato, marcado para as 8h, começou por volta das 10h. O ex-presidente Lula chegou por volta das 11h e não falou com a imprensa. O Congresso inicia, nesta quinta-feira, 25, o julgamento do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff. 

Ao se aproximar do carro de som, o ex-presidente foi rodeado por dezenas de manifestantes, que tentavam tirar foto e manifestar apoio à liderança do PT.

Participam do ato deputados federais petistas, como Benedita da Silva, Luiz Sérgio Nóbrega de Oliveira e Edson Santos, candidato a vice-prefeito do município do Rio ao lado de Jandira Feghali (PCdoB-RJ).

Também presente, o líder do Movimento Sem Terra (MST), João Pedro Stédile, discursou, antecipando o retorno de Lula à Presidência da República nas próximas eleições. “Vamos enfrentar um processo difícil nos próximos dois anos. Mas não esmoreceremos. A luta contra o golpe está só começando, para que, em 2018, a gente possa reconstruir esse projeto e colocar esse metalúrgico no Planalto”, disse Stédile. 

O Sindicato dos Metalúrgicos de Niterói e de Itaboraí (Simmmerj) estimou o público em 4,5 mil pessoas, mas o número de manifestantes não é suficiente para ocupar toda a praça à frente do estaleiro. A Federação Única dos Petroleiros (FUP) não quis estimar o número de participantes. “Os que vieram aqui, vieram no sufoco. Muitos não conseguiram porque não têm dinheiro da passagem”, disse o presidente do sindicato, Edson Rocha.

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