Governo de SP endurece quarentena, adia volta às aulas e fecha bares, restaurantes e comércio aos finais de semana
Além desses estabelecimentos, comércio não essencial também deverá fechar após as 20h durante a semana; aula presencial deverá ser retomada no dia 8
O governo de São Paulo divulgou, nesta sexta-feira, 22, mais uma reclassificação do Plano São Paulo. Agora, todo o território entra na Fase 1 – Vermelha, com medidas mais rígidas de isolamento, todos os dias após às 20h até as 6h. Medida também vale para os finais de semana e feriados. A decisão foi tomada após um aumento de casos, internações e óbitos pela Covid-19. O governador João Doria lembrou da situação em Manaus, no Amazonas, e falou que o aumento intenso da pandemia na região foi resultado da pressão para que as atividades econômicas fossem retomadas. “São Paulo não vai ceder. São Paulo vai proteger”, disse.
Nessa nova atualização: Bauru, Franca, Presidente Prudente, Sorocaba e Taubaté passam da Fase 2 – Laranja para a Fase 1 – Vermelha. Barretos vai da Fase 3 – Amarela para a Fase 1 – Vermelha, onde Marília já estava e se mantém. Araraquara, São João da Boa Vista, Campinas, Grande São Paulo e Baixada Santista vão da Fase 3 – Amarela para Fase 2 – Laranja. Medidas passam a valer na próxima segunda-feira, 25. “Sem vida não há economia. Sem existência não há processo econômico que sobreviva. Precisamos cuidar das pessoas e garantir que elas estejam vivas para que elas possam ir a restaurantes, bares, padarias, shopping, comércio, parques, áreas de lazer, estádios de futebol e outras tantas áreas de trabalho e lazer”, completou o governador. Após essa atualização, o governo estadual estabeleceu que nenhuma região vai para a Fase Amarela ou Verde até o dia 8 de fevereiro.
Mais leitos
O governo estadual também anunciou 756 novos leitos no Estado — 450 de enfermaria e 306 de UTI. Aliado a isso, o Hospital de Campanha de Heliópolis também vai ser reativado para ajudar no enfrentamento da segunda onda da pandemia na cidade de São Paulo e na região metropolitana. De acordo com o coordenador-executivo do Centro de Contingência da Covid-19, João Gabbardo, um óbito é registrado em São Paulo há cada seis minutos. Ele não descarta que novas medidas podem ser implementadas nos próximos dias caso os indicadores não melhorem.
O Estado de São Paulo tem, nesta sexta-feira, 1.679.759 casos de Covid-19 e 51.192 óbitos pela doença. A taxa de ocupação dos leitos de UTI está em 71,1% no Estado e 71,6% na Grande São Paulo. Em relação ao número de internados, 6.044 estão em UTI e 7.659 em enfermaria — entre confirmados e suspeitos. Nas últimas quatro semanas, o número de casos aumentou 79%, o de internações 25% e de óbitos 96%. Respectivamente, esses indicadores são equivalentes aos números da pandemia em agosto, julho e junho de 2020.
Volta às aulas adiada
Diante do aumento no número de casos, internações e óbitos, o governo do Estado decidiu adiar o início das aulas da rede pública e suspendeu a obrigatoriedade presencial dos alunos nas fases Laranja e Vermelha do Plano São Paulo. De acordo com o secretário estadual da Educação, Rossieli Soares, as escolas continuam autorizadas a funcionar no âmbito municipal, estadual e privado. Na rede estadual, a primeira semana de fevereiro será para reforçar a formação dos professores e a comunicação com as famílias sobre os protocolos de retorno. A partir do dia 1 de fevereiro, as unidades estarão abertas para receber os alunos que mais precisam e apoiar o aprendizado do uso da tecnologia. O retorno das aulas está previsto para o dia 8 de fevereiro.
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