‘Estou sendo linchado politicamente’, diz Witzel ao atacar ex-secretário

Afastado do cargo de governador do Rio pelo STJ, Wilson Witzel reclama que está tendo a defesa cerceada

  • Por Jovem Pan
  • 30/08/2020 12h54 - Atualizado em 30/08/2020 13h04
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WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO Wilson Witzel gesticula Witzel disse que jamais compactuou com os atos de corrupção que, segundo ele, teriam sido patrocinados por Edmar Santos.

Afastado do cargo de governador do Rio por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), há três dias, Wilson Witzel (PSC) usou o Twitter para dizer que é inocente e que está trabalhando em sua defesa – que, segundo ele, vem sendo “cerceada”. Witzel também voltou a atacar o ex-secretário de Sáude, Edmar Santos. “Enquanto foram encontrados R$ 8,5 milhões em espécie com o delator, o ex-secretário Edmar, em minha casa nada foi achado, salvo contratos com notas fiscais emitidas. Ainda assim, o MPF resolveu considerá-los ‘propina'”.

Chamado por Witzel de canalha na sexta-feira, o ex-secretário de Saúde tem sido o principal alvo do governador afastado, que também acusa o presidente Jair Bolsonaro de influenciar nas investigações por motivação política.  “Estou sendo linchado politicamente por contrariar interesses poderosos. Não descansarei até demonstrar que fui enganado e provar minha inocência”.

Na sequência de tuítes, Witzel escreveu que, tão logo soube das irregularidades na Saúde, afastou os envolvidos e que não pode responder por atos de terceiros que tenham agido de má-fé. “Ainda nem deu tempo para a defesa provar que o único ato praticado por mim em relação à (organização social) Unir contrariou interesses espúrios do delator, mas já fui punido com o afastamento do cargo”.

Witzel acrescentou, ainda, que jamais compactuou com os atos de corrupção que, segundo ele, teriam sido patrocinados por Edmar Santos. “Ele traiu a todos nós e, pelas investigações, já vinha sendo corrupto desde 2016”.

Delação do ex-secretário

Em delação premiada, Edmar Santos fez diversas acusações contra Witzel e a linha sucessória do governo, composta pelo vice, Cláudio Castro, e pelo presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), André Ceciliano. Edmar chegou a ser preso a pedido do Ministério Público do Rio, mas, por solicitação da Procuradoria-Geral da República, foi solto e fechou o acordo de delação. Santos foi preso sob acusação de integrar suposta organização criminosa que teria fraudado contratos de compra de respiradores pulmonares para combate à pandemia do novo coronavírus.

* Com Estadão Conteúdo

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