Estradas de SP tem tráfego intenso em direção ao litoral e interior; prefeitos reclamam do movimento

Fluxo de carros está alto desde ontem; neste sábado, foi registrado grande volume de veículos nos sentidos Ubatuba, Campos, Bertioga, e Peruíbe

  • Por Jovem Pan
  • 05/09/2020 12h53 - Atualizado em 05/09/2020 12h58
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GUILHERME DIONíZIO/ESTADÃO CONTEÚDO Movimentação de banhistas na praia do Gonzaga, em Santos, no litoral de São Paulo, Movimentação de banhistas na praia do Gonzaga, em Santos, na manhã do dia 5

Apesar das recomendações do governo de São Paulo para não viajar durante a pandemia da Covid-19, desde o início dessa sexta-feira, 4, as rodovias em São Paulo registraram aumento do fluxo devido ao feriado prolongado de 7 de setembro. Na manhã deste sábado, 5, o Departamento de Estradas de Rodagem de São Paulo informou que o tráfego continuava intenso nas rodovias SP 125 – Oswaldo Cruz, no sentido Ubatuba; SP 123 – Floriano Rodrigues, no sentido Campos; SP 098 – Mogi-Bertioga, no sentido Bertioga; SP 055 – Rio-Santos – trecho São Sebastião/Ubatuba, no sentido Ubatuba; e SP 055 – Padre Manoel da Nóbrega – trecho Peruíbe/Praia Grande, no sentido Peruíbe. Já na SP 270 – Raposo Tavares, o tráfego era normal nos dois sentidos, com lentidão na chegada a Cotia.

O diretor-geral da Agência de Transporte do Estado de São Paulo, Milton Persoli, afirmou em entrevista ao programa Jornal da Manhã, da Jovem Pan, que o movimento deste final de semana foi diferente do anterior, pois houve um fluxo grande também para o interior. “Semana passada foi mais acentuado para a praia. Nesse final de semana tivemos um volume muito expressivo de saída para o interior, na Castelo Branco, Airton Senna, sentido Campos do Jordão”, disse. De acordo com ele, a ARTESP está com uma operação bastante incrementada de segurança nas estradas.

Prefeitos reclamam

Na segunda-feira, 31, o governador João Doria (PSDB) criticou a alta procura pelas praias e cobrou medidas mais restritivas dos prefeitos. No entanto, os líderes municipais reclamam que a postura deveria vir do governo do Estado, que poderia colocar barreiras sanitárias na entrada das cidades. “Temos nos preocupado muito, tenho falado insistentemente dessas questões, que o governador poderia ajudar a Baixada Santista e o povo paulista fazendo outras medidas, se tivéssemos o cuidado de ter uma barreira no pedágio e no acesso à Baixada Santista… Mas, mais uma vez, os prefeitos tentaram fazer esse apelo e o governador não nos atendeu”, desabafou o prefeito de São Vicente, Pedro Gouvêa.

Segundo ele, a região não tem estrutura para fazer uma fiscalização correta para evitar as aglomerações, e o grande número de pessoas que desce ao litoral nos feriados sobrecarrega “a todos”. “Colocamos a nossa equipe de Guarda Civil Municipal, a fiscalização de trânsito e do comércio, para nos auxiliar nesse momento em que temos toda uma precaução e cuidado com a pandemia. Mas fica muito complicado fazer esse controle quando começa uma multidão a ir para a praia”, afirmou o prefeito.

Gouvêa lembrou, por exemplo, que não é permitido levar cadeiras para a beira. Porém, as pessoas desrespeitam a medida e “é inviável retirar todo mundo”. “Nas praias de São Vicente são permitidas atividades físicas individualizadas, as coletivas estão proibidas. Temos multa para quem não utiliza máscaras, mas estamos evitando penalizar. Colocamos veículos com alto falante orientando as pessoas. Precisamos contar com o bom senso das pessoas, sempre orientando, mas se não quiser colaborar, aplicamos as multas”, explicou o prefeito.

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