Ex-deputado Eduardo Cunha é preso pela Polícia Federal

  • Por Jovem Pan/Estadão Conteúdo
  • 19/10/2016 13h42
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José Cruz/Agência Brasil Eduardo Cunha

O ex-deputado Eduardo Cunha teve o pedido de prisão preventiva decretado pelo juiz federal, Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato. 

Cunha foi preso pela Polícia Federal no início da tarde desta quarta-feira (19), próximo ao seu apartamento, em Brasília. Mais cedo, uma ação da Lava Jato foi deflagrada no Rio de Janeiro, pois a polícia acreditava que o ex-deputado estava na capital fluminense. 

Cunha ainda possui um imóvel funcional da Câmara dos Deputados e recebeu na última segunda-feira (19) uma intimação para deixar o local. O ex-deputado acreditava que, estando no apartamento da Câmara, estaria imune a uma busca e apreensão. Além da prisão, Moro decretou o bloqueio de R$ 220,7 milhões do ex-parlamentar no Brasil. No decreto de 40 páginas, o juiz mostra que o Ministério Público tem razão ao pedir a prisão de Cunha porque ele teria como atrapalhar as investigações ou alterar provas. Outro argumento do pedido de prisão é a chamada “ordem pública”, em que se argumenta que, se ficasse solto, Cunha ofereceria risco à paz social.  

Eduardo Cunha é acusado de corrupção, lavagem de dinheiro e evasão fiscal pela manutenção de contas secretas na Suíça que teriam recebido propina no esquema na Petrobras.

Nesta ação, a segunda em que Cunha é réu na Lava Jato, o deputado cassado teria recebido em suas contas na Suíça propinas de ao menos R$ 5 milhões referentes a aquisição, pela Petrobras, de 50% do bloco 4 de um campo de exploração de petróleo na costa do Benin, na África, em 2011. O negócio foi tocado pela Diretoria Internacional da estatal, cota do PMDB no esquema de corrupção.

Parte destes recursos foi repassada para Cláudia Cruz, também em contas no exterior, e a transação está sendo investigada na ação contra a mulher do peemedebista.

O peemedebista sempre negou ser proprietário das contas no exterior que foram descobertas pelo Ministério Público da Suíça em cooperação com os investigadores brasileiros. O peemedebista chegou a ser investigado no país europeu, mas graças a um acordo de cooperação, o MP suíço encaminhou o caso para que fosse julgado pelas autoridades brasileiras já que, mesmo que fosse condenado naquele país, ele não poderia ser extraditado por ser cidadão brasileiro

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