Ex-gerente da Petrobras disse que começou receber propina da SBM em 1997

  • Por Agencia Brasil
  • 05/02/2015 20h59
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O ex-gerente de Serviços da Petrobras deu o primeiro depoimento da CPI da estatal nesta terça-feira (11)

EFE Pedro Barusco
André Richter – Enviado especial da Agência Brasil/EBC Edição: Fábio Massalli

O ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco detalhou, em depoimento de delação premiada na Operação Lava Jato, como começou a cobrar propina de empresas que pretendiam firmar contratos com a Petrobras. Barusco disse que começou a receber os pagamentos indevidos em 1997 ou 1998 da empresa holandesa SBM, quando ocupava o cargo de gerente de Tecnologia de Inslações.

Aos investigadores, Barusco relatou a sistemática da cobrança de propina. Informou que tinha relação próxima com Júlio Faerman, representante da SBM, e a iniciativa de fazer os negócios com cobrança de propina partiu de ambas as partes.

Conforme o depoimento, os pagamentos variavam de acordo com o valor do contrato, ficando entre US$ 25 milhões e US$ 50 milhões. Entre as obras que tiveram pagamentos ilegais, o ex-diretor citou um acordo, firmado em 1997 ou 1998, para o fornecimento de um navio à Transpetro.

As declarações de Barusco foram divulgadas após decisão do juiz federal Sérgio Moro, que retirou o sigilo das investigações da nona fase da Operação Lava Jato, iniciada hoje (5).

A Agência Brasil não conseguiu entrar em contato com os representantes da SBM no Brasil.

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