Ex-governador do Rio, Cabral é condenado a 13 anos na Lava Jato

  • Por Jovem Pan
  • 20/10/2017 18h59
Tania Rego/Agência Brasil Tania Rego/Agência Brasil Bretas não poupou críticas a Cabral, preso há quase um ano, desde novembro do ano passado, e o colocou como parte de uma "organização criminosa", além de atribuir parte da culpa da crise econômica vivida pelo Rio ao político

O juiz Marcelo Bretas, responsável pelos processos da Lava Jato no Rio de Janeiro, condenou o ex-governador do Estado Sérgio Cabral a 13 anos de prisão em regime fechado, pelo crime de lavagem de dinheiro, no âmbito da Operação Mascate. Essa é a terceira vez que o ex-governador do Rio é condenado na Lava Jato que, somando as três, acumula 72 anos de prisão.

No esquema, que envolvia a Secretaria Estadual da Fazenda, empresários pagavam propina para ter o perdão de multas e isenção de impostos. Esse dinheiro era lavado com contratos fictícios de consultoria, carros e imóveis, que renderam quase R$ 4 milhões aos acusados entre 2007 e 2014.

Bretas não poupou críticas a Cabral, preso há quase um ano, desde novembro do ano passado, e o colocou como parte de uma “organização criminosa”, além de atribuir parte da culpa da crise econômica vivida pelo Rio ao político.

“Como agente político, desviou-se de suas nobres atribuições conferidas por voto popular para se dedicar a práticas delituosas reiteradas por anos, beneficiando-se do dinheiro público desviado e branqueado por sua organização criminosa, revelando dolo intenso no seu agir”, escreveu o juiz.

“Ainda que não se possa afirmar que o comportamento deste condenado seja o responsável pela excepcional crise econômica vivenciada por este Estado, é indubitável que os episódios de corrupção tratados nestes autos diminuíram significativamente a legitimidade das autoridades estaduais na busca para a solução da crise atual”, completa Bretas.

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