Final de semana deve ser de chuvas fortes e frio no Rio Grande do Sul
Hospitais da região estão em estado de alerta, com aumento no número de pacientes devido às vítimas das enchentes; Eduardo Leite fez apelo para que população não tente retornar às suas residências
Porto Alegre, juntamente com outras localidades do Rio Grande do Sul, está passando por um período crítico devido às intensas precipitações que começaram na manhã de quinta-feira (9). A repórter Beatriz Manfredini, da Jovem Pan News, diretamente da capital gaúcha, pintou um quadro preocupante da situação, com o centro da cidade completamente inundado. Esta imagem alarmante destaca a severidade das inundações que vêm assolando a região há uma semana. As previsões meteorológicas não são nada animadoras, indicando que as chuvas, podendo atingir marcas de até 100 mm diários, e as rajadas de vento, com velocidades que podem chegar a 100 km/h, devem continuar até o próximo domingo, elevando os temores de mais inundações.
Em uma tentativa de mitigar os efeitos dessa catástrofe, a Prefeitura de Porto Alegre tomou medidas emergenciais, incluindo a remoção de uma passarela de pedestres. O objetivo é criar um corredor de ajuda humanitária, facilitando assim o acesso à cidade pela Avenida Castelo Branco. Esse corredor será essencial para o transporte de donativos, além de permitir a passagem de equipes de polícia, bombeiros e serviços de ajuda. A iniciativa visa também aliviar o congestionamento na RS-118, que atualmente é a única rota de acesso à cidade, com previsão de conclusão até o final desta semana.
Os hospitais da região estão em estado de alerta, enfrentando um aumento no número de pacientes devido às vítimas das enchentes. Apesar da situação crítica, não foram reportados casos de superlotação ou falta de atendimento, graças à implementação de hospitais de campanha. A queda brusca de temperatura, com a capital registrando 19ºC, adiciona uma camada extra de dificuldade para as mais de 400 mil pessoas desalojadas pela catástrofe. O governador Eduardo Leite fez um apelo à população, solicitando que as pessoas não tentem retornar às suas residências, dada a continuidade do risco de novas inundações. Este pedido vem em um momento em que o Rio Guaíba, cujas águas já transbordaram, ainda se encontra quase 2 metros acima do nível considerado de inundação, mesmo após uma redução significativa.
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