Fiocruz diz que poderá vacinar até 130 milhões de brasileiros em 2021

Em nota, fundação explicou que aplicação da primeira dose reduzida pela metade e da segunda dose padrão poderá aumentar em 30% número de pessoas a serem vacinadas

  • Por Jovem Pan
  • 23/11/2020 21h41
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Itamar Crispim / Fiocruz [03.11.2020] Informação foi dada após divulgação dos resultados dos testes da vacina.

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) informou que poderá vacinar mais de 130 milhões de brasileiros em 2021. A declaração foi feita pelo presidente da Fundação, Marco Krieger, após o anúncio de resultados preliminares da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford e que foram divulgados nesta segunda-feira, 23. Foi anunciado que um novo esquema de vacinação poderá aumentar em até 30% o número de pessoas que serão imunizadas no ano que vem. Tal modelo consiste na aplicação de duas doses da vacina: a primeira reduzida pela metade e a segunda padrão sendo aplicada um mês depois. Seguindo esse esquema, foi atingida uma eficácia de 90%. “No primeiro semestre teríamos 100,4 milhões de doses para oferecer para 50,2 milhões de brasileiros. No entanto, com esse protocolo anunciado, as mesmas 100,4 milhões de doses poderão ser utilizadas na vacinação de cerca de 65 milhões de pessoas. E no segundo semestre, com a produção 100% nacional na Fiocruz e mais 110 milhões de doses, poderemos vacinar mais 71,5 milhões de pessoas”, afirmou Krieger, que completou: “Isso coloca o país numa posição privilegiada entre as nações que terão um grande número de doses para as suas populações”.

Ao todo, 11.636 voluntários que participaram dos testes e tiveram seus dados analisados. Deste total, apenas 30 testaram positivo para a Covid-19 após terem recebido a vacina e nenhum foi hospitalizado ou teve alguma reação grave. A presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, destacou que, com a eficácia anunciada e com o novo esquema vacinal desenvolvido, ela deixa de ser uma candidata à vacina e se torna uma solução para a pandemia. “Com uma eficácia demonstrada de 90% e um esquema vacinal que permitirá otimizar as doses a serem produzidas, esta vacina deixa de ser uma candidata promissora para ser uma vacina que será produzida pela Fiocruz e uma resposta à saúde pública brasileira”.

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