“Gente que me acusou ou foi para a cadeia ou foi desmoralizada”, diz Temer

  • Por Jovem Pan
  • 28/02/2018 18h03 - Atualizado em 28/02/2018 18h32
Antônio Cruz /Agência Brasil Michel Temer é empossado como presidente da República por Eduardo Cunha Michel Temer afirmou que Eduardo Cunha teve delação negada por não incriminá-lo

Michel Temer cansou do discurso ameno. Em entrevista exclusiva ao 3 em 1 desta quarta-feira (28), o presidente da República adotou postura enérgica contra aqueles que associam o seu nome, de acordo com o próprio, com práticas de corrupção.

“Digo com a maior tranquildade as denúncias [contra mim] são pífias, hoje veio a luz o esquema, pelos vários depoimentos que foram catalogados. Gente que me acusou foi para a cadeia ou foi desmoralizada, o povo brasileiro sabe”, afirmou.

Temer disse que “não vai tolerar” que sua atuação à frente do País seja ligada a corrupção. Ele ainda apontou que as “inverdades” foram prejudiciais ao Brasil e destacou seu papel em momento difícil: “se eu não tivesse a coragem de enfrentar essas posições, o Brasil não estaria onde está hoje, progresso na área econômica, atrás da ordem, com a questão da segurança pública. Estamos reerguendo o nosso país, se tivesse me declarado culpado, sei lá o que aconteceria com o Brasil”.

O presidente ainda destacou que a presidência é “honrosa”, mas o ataque sofrido por causa dela é “cruel, brutal, mentiroso e desonroso”.

Eduardo Cunha

Temer, ao abordar a questão das delações, voltou ao tema de ataques que vem sofrendo ao longo de seu mandato. “Pessoalmente acho que se as delações forem eliminadas, evidentemente o serão se forem detectados equívocos, por exemplo, orientação”, começou o presidente.

Então, o emedebista destacou uma situação em particular: “tive um ex-deputado que disse que não aceitaram a sua delação porque queriam que incriminasse o presidente, mas não tinha como me incriminar”. Quem era este político? Eduardo Cunha. “Depois foram procurar outro delator que sequer me conhece, o Funaro”, declarou.

“Estou denunciando essas coisas porque precisamos reinstitucionalizar o País”, justificou.

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