Governador de SC ironiza ideia de separar Sul do restante do País

  • Por Estadão Conteúdo
  • 06/10/2016 14h01
Brasília - O governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo, fala à imprensa, depois de reunião de representantes da CNM com a presidenta Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto (Elza Fiúza/Agência Brasil) Elza Fiúza/Agência Brasil Governador de Santa Catarina

Após reunião com o presidente Michel Temer, o governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo, reagiu com ironia e disse, nesta quinta-feira (6), ser contra a iniciativa de separar os três Estados do Sul do resto do Brasil. No último sábado, a maioria dos cidadãos que participaram de um plebiscito informal realizado na região se mostraram favoráveis à ideia.

“Eu sou brasileiro, quero o Brasil unido e forte. Eu não defendo isso, acho que nós temos que unir e superar as nossas dificuldades, não separar e achar culpados”, afirmou Colombo.

Ele esteve em Brasília  para se reunir com Temer e outros governadores para falar sobre a reforma da Previdência

De acordo com o resultado divulgado pela comissão organizadora do plebiscito informal, o Plebisul, 95,74% dos 616.917 votantes disseram “sim” para a ideia de criar um novo país. O Rio Grande do Sul teve o maior número de participantes, 320.280, e a maior porcentagem de pessoas favoráveis à separação: 97,21%.

Uma das principais justificativas do grupo para propor a separação é que os Estados do Sul são mais ricos e levam desvantagem no pacto federativo. Eles não concordam com a proporção de impostos arrecadada pela União nem com o retorno recebido pelos Estados e municípios na forma de investimento direto.

O projeto de separar os três Estados e criar um novo País não é admitido pela Constituição Federal. O primeiro artigo estabelece que a República Federativa do Brasil é formada pela “união indissolúvel” dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal.

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