Governo do Pará monta força-tarefa para localizar quadrilha de roubo a banco em Cametá
A ação, que durou mais de uma hora, envolveu mais de 20 criminosos fortemente armados e teve como alvo o Banco do Brasil; Secretaria de Segurança Pública diz que assalto foi ‘pontual’
O governo do Pará informou nesta quarta-feira, 2, que montou uma força-tarefa para localizar a quadrilha que tentou roubar um banco nesta madrugada, na cidade de Cametá, município a 300 km de Belém. O caso, parecido com o ocorrido na madrugada desta terça em Criciúma, Santa Catarina, envolveu mais de 20 criminosos fortemente armados, com armas de grosso calibre como fuzis. A ação, que durou mais de uma hora, teve como alvo o Banco do Brasil. Uma pessoa que foi usada como refém foi alvejada pelos criminosos e morreu no local. Outro morador, que foi atingido na perna por arma de fogo, está internado no hospital da cidade, mas sem gravidade. Os criminosos explodiram o cofre errado e nenhum valor foi levado.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Pará (Segup), a Polícia Civil conta com a atuação de equipes da Superintendência Regional do Baixo Tocantins, Delegacia de Repressão de Roubo a Banco e Antisequestro (DRBBA) e Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (CORE). A Polícia Militar também está atuando com as suas equipes especializadas. Peritos do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves (CPCRC) foram acionados para ir à Cametá. As análises solicitadas envolvem perícia de patrimônio, veículo e local de crime. Durante as buscas ao longo da BR 422, em Cametá, no Km 40, uma caminhonete que teria sido utilizada foi encontrada pelas equipes policiais na BR 422, no Km 40. Dentro do veículo havia diversos explosivos. Já no Km 80, na cidade de Baião, eles afundaram um carro (contendo explosivos), no rio Itaperuçu. Populares informaram que viram os criminosos pela última vez no Km 90 da rodovia. Há indícios que eles tenham fugido para uma área de mata. Nas investigações, foi constatado que os membros da quadrilha possuem sotaque nordestino, o que levanta a suspeita de serem de fora do Estado.
De acordo com o governador Helder Barbalho, a estrutura de segurança se manterá na cidade até que a quadrilha seja encontrada. “Agora, claro que nós não estamos imunes a um episódio dramático como viveu a população de Cametá , por isto que estamos com toda a estrutura para repreender e efetivamente fazer com que esta quadrilha possa ser presa e possa não mais em circulação, seja no baixo Tocantins seja em outras regiões do Estado”, afirmou. No entanto, Barbalho ressaltou que, mesmo com o ocorrido nesta madrugada, os assaltos a banco e agências bancárias na modalidade conhecida como “vapor” ou “novo cangaço” reduziram 80% no Estado em relação aos últimos dois anos. “Nós comparamos os anos de 2018, 2019 e 2020, observando que tivemos 19 assaltos a banco em 2018, 15 assaltos a banco em 2019, e este é o terceiro assalto a banco, portanto, as ações de inteligência têm inibido e evitado ações como essa”, disse o governador. De acordo com a Segup, o que ocorreu em Cametá foi um registro pontual. Todas as quadrilhas responsáveis por ações caracterizadas como “novo cangaço”, em 2019 e 2020, foram desarticuladas. A última morte registrada de transeunte ou refém durante uma ação como essa foi registrada em 2015, na cidade de São Geraldo do Araguaia.
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