Governo não considera Renan Calheiros adversário, diz Pepe Vargas

  • Por Agencia Brasil
  • 04/03/2015 18h49
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Um dia após o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), ter devolvido ao Executivo a medida provisória que reduz a desoneração da folha de pagamento, a presidenta Dilma Rousseff passou a manhã e o início da tarde de hoje (4) reunida com líderes da base aliada do governo no Senado e na Câmara. Nas duas reuniões, os parlamentares ouviram a promessa que o governo discutirá previamente com os parlamentares medidas a serem encaminhadas ao Congresso Nacional.

 

Presente às reuniões com os dois grupos de parlamentares, o ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Pepe Vargas, disse que a atitude de Renan Calheiros, de devolver a medida provisória, não o tornou um adversário político do governo. “Ele faz parte de um partido da base. Nós não consideramos o presidente Renan um adversário. O consideramos como parlamentar e presidente do Senado, que faz parte do partido da presidenta da República, que faz parte dos partidos que compõem o governo”, afirmou.

Ao informar que Renan não havia alertado o Planalto sobre a recusa da MP, Pepe Vargas reconheceu que é preciso “intensificar o debate”. “Se alguém tem insatisfação, só tem um jeito: sentar, conversar e ouvir as insatisfações”, defendeu Vargas.

“Por mais que os ministros conversem com os parlamentares, sempre que a presidenta da República tem a possibilidade de falar com os líderes cria uma relação diferenciada”, acrescentou. Vargas confirmou que as reuniões entre os líderes e a presidenta Dilma passarão a ser mensais.

Líder do PT na Câmara, o deputado José Guimarães (CE) informou que foi uma reunião de “rearticulação da base” e de “reatamento”. Apesar dos termos, ele negou que haja crise entre os poderes e disse que é preciso rearticular porque a Câmara tem parlamentares e lideranças novas. “Firmar compromissos permanentes de diálogo é fundamental para garantir a estabilidade da governabilidade na Câmara”, ressaltou o líder.

Segundo Guimarães, após o balanço da conjuntura do país e a defesa da presidenta sobre as propostas do governo, os líderes aliados manifestaram a necessidade de apoio às medidas de ajuste fiscal. De acordo com o ministro e com o líder do PT no Senado, Humberto Costa (CE), durante as duas reuniões Dilma também adiantou algumas medidas para retomar o crescimento e implementar políticas sociais, como projetos na área educacional e o Plano Nacional de Estimulo à Exportação.

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