Governo não vai interferir, mas ideal é diminuir número de candidatos, diz Moura

  • Por Estadão Conteúdo
  • 12/07/2016 11h25

"Todos os líderes da base já assinaram o requerimento" Luis Macedo / Câmara dos Deputados André Moura (PSC-SE) - Agência Câmara

Diante da possibilidade de um racha irreversível na base aliada em razão da disputa pela presidência da Câmara, o líder do governo na Casa, André Moura (PSC-SE), defende que seja reduzido ao máximo o número de candidatos. Até o início da noite desta segunda-feira (11), já havia nove inscritos para a eleição, prevista para ocorrer, nesta quarta-feira (13), a partir das 16h, no plenário da Câmara. 

“O governo não vai interferir para tirar candidatura nenhuma, mas esperamos que os líderes dos partidos, as executivas nacionais das legendas entendam que o ideal é que eles possam diminuir o máximo possível esses nomes. Nós já temos 16 candidaturas colocadas, nove registradas e mais sete que temos conhecimento que irão registrar. Então, a gente torce para que os próprios partidos, as lideranças se entendam e diminuam esse número de candidatos”, ressaltou Moura. 

O líder integra o chamado centrão, composto também por PSD, PP, PR, PTB e partidos médios. Líderes dessas legendas apoiam a candidatura de Rogério Rosso (PSD-DF), que também conta com o aval do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e do Palácio do Planalto.

A intenção do grupo, discutida em almoço, realizado na passada segunda, é de tentar, até o dia da votação, negociar a retirada de alguns dos nomes que sinalizaram entrar na disputa e, dessa forma, deixar o caminho livre para Rosso. 

Ao longo desta terça, está prevista uma série de reuniões de bancadas dos principais partidos envolvidos nas negociações e, dentre eles, destacam-se o PMDB e o PSDB, que devem definir quem irão apoiar em reuniões agendadas. 

No caso dos tucanos, que têm a terceira maior bancada, com 51 deputados, a tendência é apoiar um nome que integre a chamada antiga oposição formada por DEM, PSB e PPS. Entre os mais cotados está o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ). 

Dentro desse grupo da antiga oposição, há o sentimento de que o Planalto está em dívida com Maia, que foi preterido na disputa pela liderança governista pelo próprio Moura.

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