Greve de Metrô e CPTM: Veja quais linhas estão em funcionamento nesta terça-feira
Duas linhas operam normalmente no Metrô; CPTM tem duas linhas com circulação normalizada e outras duas funcionando parcialmente
A greve unificada do Metrô, da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e da Sabesp (Companhia Paulista de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) começou nesta terça-feira, 3. Apesar disso, algumas linhas tanto do Metrô quanto da CPTM operam normalmente. De acordo com o site do Metrô, que atualiza a situação das linhas, estão em funcionamento as linhas 4-Amarela e 5-Lilás. A última atualização feita pelo Metrô foi às 6h47. Já na CPTM duas linhas operam parcialmente. A linha 11 – Coral funciona apenas entre as estações Luz e Guaianases. Na Linha 7-Rubi, a circulação dos trens vai de Caieiras até Luz. As linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda, operadas pela Via Mobilidade, têm trens circulando normalmente.
A paralisação afeta, no Metrô, as linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata. Já na CPTM as linhas paralisadas são: 7-Rubi (parcialmente), 10-Turquesa, 11-Coral (parcialmente), 12-Safira e 13-Jade. Como mostrou o site da Jovem Pan, as categorias são contra a privatização das três empresas públicas por parte do governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos) e afirmam que transferir as operações ao setor privado vai piorar a qualidade do serviço. Além disso, as categorias cobram a realização de um plebiscito oficial envolvendo toda a população do Estado para consultar sobre as privatizações das empresas públicas.
Na manhã desta terça-feira, o governador Tarcísio de Freitas veio a público para dar seu primeiro pronunciamento oficial a respeito da greve. O mandatário voltou a dizer que a paralisação é ilegal e também afirmou que o movimento descumpriu a ordem judicial de não paralisar nos horários de pico: “Infelizmente aquilo que a gente esperava está se concretizando. Temos a greve do Metrô, CPTM e Sabesp. Uma greve ilegal, uma greve abusiva, uma greve claramente política e uma greve que tem por objetivo a defesa de um interesse muito coorporativo. Quem está em greve está se esquecendo do mais importante, que é o cidadão”. A Justiça de São Paulo decretou que o funcionamento das linhas seria mantido, com 100% do efetivo, nos horários de pico (das 4h às 10h e das 16h às 21h) e com 80% do efetivo nos demais horários. O descumprimento desta determinação pode render aos sindicatos multas diárias de até R$ 500 mil.
O que funciona em São Paulo?
Por conta da greve, a Prefeitura e o Governo de São Paulo decretaram ponto facultativo. Segundo o governo estadual, o objetivo é reduzir os impactos da paralisação à população. De acordo com o governo, os serviços de segurança pública não são afetados, assim como os restaurantes e postos móveis do Bom Prato. Consultas em Ambulatórios Médicos de Especialidades (AMEs) e horários nos postos do Poupatempo terão reagendamento garantido. Na educação, as aulas e provas da rede estadual serão repostas e reagendadas. A Secretaria de Educação suspendeu as aulas nas escolas da rede na capital e região metropolitana. A medida visa não prejudicar estudantes ou trabalhadores com eventuais faltas. A Seduc-SP também organizará a reposição de aulas, em data a ser divulgada em breve. O governo diz ainda que a Justiça determinou a manutenção do transporte em 100% nos horários de pico e 80% em outros períodos, além de 85% do contingente da Sabesp, sob pena de multa de até R$ 500 mil por dia aos sindicatos. A liberação das catracas, proposta pelos sindicatos, foi proibida por decisão judicial por “altos riscos de tumultos e possíveis acidentes nas estações”. Já a administração municipal determinou uma operação especial no transporte público por ônibus. Segundo o órgão, o funcionamento de escolas e creches, unidades de saúde, serviços de segurança urbana, assistência social, serviço funerário, além outros segmentos cujas atividades não podem sofrer descontinuidade, estará mantido. “A Educação fica excetuada porque nós temos um volume muito grande de crianças em creche e poderia ser que alguma mãe não pudesse trabalhar usando as linhas que estarão operando, como algumas linhas privatizadas de metrô ou as de ônibus”, disse o prefeito Ricardo Nunes (MDB). O chefe do Executivo informou ainda que durante todo o dia, 100% da frota de ônibus está em operação. De acordo com a Secretaria Executiva de Transporte e Mobilidade Urbana (Setram) e a SPTrans, objetivo de manter a frota total durante todo o dia é amenizar os transtornos causados à população, considerando que um ônibus de grande porte tem capacidade para transportar 170 passageiros, enquanto um trem transporta mais 1.000 pessoas a cada viagem. A SPTrans também ampliou o itinerário de 26 linhas de ônibus e que reforça a Linha 5110/10 que faz o trajeto similar ao do monotrilho da Linha 15 – Prata, que foi afetada pela greve. Além disso, a prefeitura determinou a suspensão do rodízio municipal de veículos. Clique aqui para saber mais detalhes sobre a operação das linhas de ônibus.
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