Homem que espancou paisagista por quatro horas tem registro de agressão contra o irmão

  • Por Jovem Pan
  • 19/02/2019 09h32 - Atualizado em 17/04/2019 14h16
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Reprodução O pai de Vinicius Batista Serra, 27 anos, registrou um boletim de ocorrência contra o filho por ele ter agredido o irmão deficiente físico, em fevereiro de 2016

Vinicius Batista Serra, 27 anos, acusado de ter espancado por quatro horas Elaine Perez Caparros, 55 anos, no último fim de semana, no Rio de Janeiro, tem um registro de agressão contra o próprio irmão, que é deficiente físico. O registro de boletim de ocorrência foi feito pelo pai de Vinícius no dia 8 de fevereiro de 2016.

À polícia, o pai contou que acordou naquela madrugada por volta das 2h30 com gritos vindos do quarto dos filhos. Ao abrir a porta, ele encontrou Vinicius desferindo golpes de jiu-jitsu contra o irmão. O pai também foi agredido por Vinícius com um soco no rosto, ao tentar separar a briga.

O motivo da agressão, de acordo com o depoimento do pai, foi o sumiço de R$ 1,2 mil do quarto do agressor. Vinícius acusou o irmão pelo desaparecimento do dinheiro.

O dinheiro, no fim, estava numa caixa que a mãe tinha retirado do quarto e que depois apareceu. O caso não prosseguiu porque o pai, tempos depois, retirou a queixa contra o filho na Justiça.

A agressão

Elaine foi espancada por quatro horas no último final de semana por Vinícius. Eles conversavam há oito meses pelas redes sociais e tinham decidido marcar o primeiro encontro, um jantar, na casa dela.

Eles tinham dormido juntos, quando Elaine acordou sendo agredida. “Ele falou então: ‘deita no meu ombro para a gente dormir abraçadinho, pra dormir juntinho. Aí eu falei: ‘tá bom’. Eu acordei com ele me esmurrando a cara”, contou a vítima.

O agressor foi preso em flagrante por feminicídio, quando tentava deixar o condomínio de Elaine. A polícia entendeu que ela espancou Elaine por ela ser mulher. Ele disse que tomou vinho, dormiu e acordou em surto.

Nesta segunda-feira (18), a Justiça do Rio de Janeiro converteu a prisão em preventiva.

‘Não é briga de marido e mulher, é crime hediondo’

À Jovem Pan, a promotora de Justiça de Violência Doméstica Silvia Chakian, do Ministério Público de São Paulo, afirmou que “infelizmente é um padrão” o fato de os vizinhos de Elaine terem demorado para intervir — afinal, ela foi espacanda por quatro horas. “A gente precisa parar e refletir sobre esses casos porque não é briga de marido e mulher, é crime hediondo e covarde”, afirmou.

Chakian afirma que se, ver ou ouvir uma briga entre um homem e uma mulher, a pessoa deve chamar a polícia imediatamente. “Toque a campainha, ligue, interfone, vá até o apartamento para falar com a vítima e saber o que está acontecendo”, orienta a promotora. “Não tem que hesitar por quem grita por socorro. É inconcebível ouvir gritos e não interferir”, completou ela.

*Com informações da Agência Brasil

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