Hospitais privados de SP registram aumento na taxa de ocupação de leitos de UTI por Covid-19
Nos últimos 15 dias, o índice passou de 79% para 85%; instituições também relatam falta de oxigênio medicinal e de medicamentos para intubação
Os hospitais privados do Estado de São Paulo registraram um aumento na taxa de ocupação de leitos de Unidade Terapia Intensiva (UTI) para pacientes com Covid-19 nos últimos 15 dias. O índice passou de 79% em 30 de abril para 85% nesta terça-feira, 18. As informações são do Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (SindHosp), que realizou um levantamento entre os dias 11 e 17 de maio. Segundo a pesquisa, 85% das instituições privadas estão com ocupação acima de 80%. Destes, 39% estão com o índice entre 91 e 100%. O presidente do SindHosp, o médico Francisco Balestrin, afirma que o ritmo lento da vacinação contra a Covid-19 no país preocupa, pois obriga a rede de saúde a ficar em estado de alerta para um novo aumento de casos. “A única alternativa possível para diminuir as internações por Covid-19 é que a população mantenha os protocolos de segurança (máscara, lavagem de mãos e distanciamento social). Os hospitais precisam de tempo para se reorganizarem a fim de se prepararem para receber novos doentes”, explica Balestrin.
Além da alta na taxa de ocupação de leitos de UTI, os hospitais sofrem com a falta de estoque de medicamentos do chamado “kit intubação“. Cerca de 58% das instituições possuem remédios armazenados para os próximos 10 e 15 dias. Destes, 24% têm reserva para 10 dias e 34%, para 15. Em relação à estocagem para os próximos meses, 31% dos hospitais têm medicamentos suficientes para até um mês e apenas 3% para mais de um mês. De acordo com o sindicato, a reposição está sendo feita de maneira lenta pela indústria nacional e parte dos hospitais está importando fármacos de outros países. Além disso, nos últimos 10 dias, 86% das instituições apontaram um aumento no preço dos remédios. Em 31% dos casos, o aumento informado foi de até 100%, enquanto 36% registraram alta superior a 100%. Em relação ao estoque de oxigênio, 51% dos hospitais têm reserva para 15 dias, 28% para até um mês e 7% para mais de um mês.
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