Inquérito que investiga suposta interferência de Bolsonaro na PF é prorrogado por Moraes
Despacho emitido pelo ministro do STF nesta sexta-feira adiou inquérito por mais 60 dias; investigações sobre caso já tinham sido adiadas em junho, julho e outubro
Um despacho emitido pelo ministro de Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, nesta sexta-feira, 27, adiou por 60 dias o inquérito que investiga suposta interferência do presidente Jair Bolsonaro no comando da Polícia Federal. A decisão de Moraes foi publicada um dia após o presidente abrir mão de prestar depoimento no inquérito. A investigação estava suspensa desde o mês de setembro aguardando posicionamento do presidente. No despacho, Moraes deu prazo de cinco dias para que o Procurador Geral da República, Augusto Aras, se manifeste sobre o posicionamento do presidente.
O documento afirmou também que a prorrogação de 60 dias é fruto da necessidade do prosseguimento de investigações. O inquérito, autorizado ainda no mês de abril após a demissão do ex-ministro Sérgio Moro, foi prorrogado no mês de junho, no mês de julho e no mês de outubro. A investigação foi aberta após o ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro, denunciar que Bolsonaro queria indicar para o cargo de diretor da PF no Rio alguém de confiança que pudesse adiantar informações. Na ocasião, a indicação do delegado Alexandre Ramagem chegou a ser suspensa pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
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