Instituto Butantan quer entregar mais de 400 mil doses diárias da CoronaVac ao Ministério da Saúde

Governo de São Paulo teria orientado reforço nas escalas de trabalho na fábrica do Instituto Butantan e estima que número de doses diárias possa ser maior do que o projetado

  • Por Jovem Pan
  • 22/02/2021 15h00 - Atualizado em 22/02/2021 15h43
GOVESP/Divulgação/28.10.2020 Caixa branca, laranja e verde sendo segurada por uma mão Coronavac é desenvolvida pelo Instituto Butantan com tecnologia chinesa

O Instituto Butantan prevê entregar a partir desta terça-feira, 23, uma média de 426 mil doses diárias da CoronaVac ao Governo Federal. A entrega deve durar uma semana, totalizando 3,4 milhões de doses. Segundo o presidente do órgão, Dimas Covas, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), orientou uma mudança no funcionamento da fábrica, com escalas maiores e aumento no número dos funcionários para que mais imunizantes sejam fabricados. “Como previsto, amanhã nós iniciamos a entrega da produção que nós iniciamos com a chegada do primeiro lote de matéria prima da China”, pontuou Covas em coletiva de imprensa realizada nesta segunda-feira, 22.

A entrega de doses ao governo federal por parte do instituto é marcada por trocas de farpas e polêmicas. Enquanto o Ministério da Saúde criticou o fabricante da CoronaVac na última quinta-feira, 18, por não conseguir entregar em fevereiro as 9,3 milhões de doses prometidas para o mês, o presidente Dimas Covas afirmou que a pasta ignorou ofícios enviados em julho, agosto e outubro, querendo passar a responsabilidade do atraso do Insumo Farmacêutico Ativo (IFA) chinês para o órgão. Com a distribuição de doses prevista para os próximos dias, o governo do estado deve anunciar o novo ritmo de vacinação na próxima sexta. “Se nós tivéssemos mais vacinas, provavelmente estaríamos num ritmo mais acelerado, porque a capacidade do estado de São Paulo, tanto na sua compra de insumos, na sua logística, e a capacidade do municípios em criaram estratégias de vacinação, realmente são excepcionais, mas precisamos de mais vacinas”, afirmou a coordenadora de controle de doenças da Secretaria de Saúde, Regiane de Paula.

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