Joesley Batista se entrega à Polícia Federal e deve seguir para Brasília
Depois de intensa negociação de advogados com a Polícia Federal neste domingo (10), Joesley Batista se apresentou à Superintendência da Polícia Federal em São Paulo. Ricardo Saud, que também teve prisão decretada por Fachin, também organizou sua entrega. Agora, os empresários devem ser transferidos para Brasília na segunda-feira (11).
O repórter Fernando Martins registrou a chegada de Joesley à PF:
Joesley Batista se entrega na Polícia Federal, em São Paulo. Confira imagens de @fermartins: pic.twitter.com/WboEQN673z
— Jovem Pan (@portaljovempan) September 10, 2017
O pedido de prisão foi feito depois de Janot concluir que os colaboradores esconderam do Ministério Público fatos criminosos que deveriam ter sido contados nos depoimentos. A conclusão de que os delatores omitiram informações passou a ser investigada pela PGR a partir de gravações entregues pelos próprios delatores como complemento do acordo.
Na decisão de Fachin, a prisão temporária é necessária porque são múltiplos os indícios, confessados pelos próprios empresários, de que integram organização voltada à prática sistemática de delitos contra a administração pública e de lavagem de dinheiro.
A PGR também pediu a prisão do ex-procurador da República Marcelo Miller, mas Fachin disse que não há elemento indiciário com a consistência necessária à decretação da prisão temporária.
No sábado (9), a defesa do grupo J&F colocou à disposição os passaportes do empresário Joesley Batista e do ex-diretor de Relações Institucionais da holding Ricardo Saud. A defesa do ex-procurador Marcelo Miller também colocou os documentos dele à disposição.
A suspeita da Procuradoria-Geral da República com relação a uma possível omissão de informações nos depoimentos dos executivos do grupo de produtos alimentícios começou após a análise de áudios com conversa entre Joesley e Saud. A suposta ajuda de Miller para o fechamento do acordo de delação do grupo J&F foi levantada.
Os executivos prestaram depoimento à PGR na última quinta-feira (7), mas acabaram não convencendo a Procuradoria, que entendeu que o discurso de Joesley e Saud tinha apenas o objetivo de manter o acordo antes fechado.
*Com informações da Agência Brasil e Estadão Conteúdo
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