Justiça Federal do Paraná bloqueia quase R$ 20 milhões de Beto Richa
A Justiça Federal no Paraná acolheu um pedido da força-tarefa da Lava Jato do Ministério Público Federal (MPF) e determinou o bloqueio de R$ 20 milhões do ex-governador Beto Richa, investigado na operação Piloto.
Além de Richa, a acusação do MPF, realizada em 5 de junho deste ano, denunciou Ezequias Moreira, José Richa Filho (Pepe Richa), Luiz Abi Antoun, Dirceu Pupo Moreira, Rafael Gluck e José Maria Ribas Mueller pela prática, ao longo de 2014, dos crimes de corrupção ativa e passiva, de fraude licitatória e de lavagem de dinheiro, relacionados à licitação na Parceria Público Privada (PPP) para exploração e duplicação da PR-323, que liga Maringá a Francisco Alves, no noroeste do Paraná.
Além do bloqueio de R$ 20 milhões de Beto Richa, o despacho prevê a indisponibilidade de bens imóveis e de veículos e o sequestro de parte de imóvel citado no esquema de corrupção. As mesmas medidas, com valores proporcionais, foram aplicadas aos outros réus.
A operação Piloto foi deflagrada em setembro de 2018 a partir do conteúdo de depoimentos de colaboradores ligados ao grupo Odebrecht, que revelaram esquema de lavagem de dinheiro e pagamento de propina visando o favorecimento do consórcio liderado pela Odebrecht na licitação de concessão da PR-323.
Esses pagamentos teriam sido operacionalizados pelo Setor de Operações Estruturadas da empresa em favor do codinome “Piloto”, identificado como sendo o ex-governador.
Richa também é réu em outros dois processos pelo crime de lavagem de dinheiro proveniente de propinas do pedágio e de outros esquemas de corrupção em seu governo.
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