Lava Jato pede execução de confisco de apartamento de luxo de ex-diretor do DER
A acusação aponta que a aquisição do apartamento teria ocorrido de forma oculta, com pagamentos de aproximadamente R$ 500 mil em espécie. A compra do imóvel, na denúncia oferecida no início deste mês, foi descrita como um ato de lavagem de dinheiro praticado por Leal.
De acordo com os procuradores, o fato de o réu ter sido exonerado dos cargos que ocupava compromete sua renda e, consequentemente, põe em risco a manutenção do imóvel. Como o apartamento foi sequestrado pelo juízo, o MPF entendeu que há risco de deterioração do bem, o que pode comprometer a futura reparação do dano. Por isso, apontou-se a necessidade de sua imediata alienação.
Nelson Leal Júnior, ex-diretor do Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER/PR), é apontado como o principal responsável pelo esquema fraudulento no órgão estatal. Conforme aponta a denúncia, ao mesmo tempo em que viabilizava os aditivos favoráveis à concessionária Econorte, Leal apresentou incremento patrimonial incompatível com seus rendimentos, usando recursos em espécie para aquisição do apartamento de luxo em questão. Segundo a acusação, Leal recebeu, entre 2013 e 2016, mais de R$ 2 milhões em depósitos sem comprovação de origem nas contas-correntes que controlava.
Defesa
A reportagem entrou em contato com a defesa de Nelson Leal, mas ainda não obteve retorno.
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