Liderança cristã se manifesta sobre post polêmico que MTST deletou; movimento se defende

“Sem um pedido de perdão, só apagar não resolve”, disse Missionário Dunga sobre postagem feita na Sexta-Feira Santa, que trazia a figura de Jesus crucificado e a frase “bandido bom é bandido morto”

  • 05/04/2024 19h37
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Divulgação Missionário Dunga Missionário Dunga é um dos principais nomes da igreja católica do Brasil

Francisco José dos Santos, popularmente conhecido como Missionário Dunga, se manifestou nesta sexta-feira (5) sobre um post deletado das redes sociais do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), feito na na Sexta-Feira Santa (29/4). A postagem trazia a figura de Jesus crucificado e a frase “bandido bom é bandido morto”. Os autores apagaram o conteúdo do feed, cinco dias depois do ocorrido na Páscoa, mas a polêmica continua. “Como cristão, lamento que o post seja, simplesmente, apagado. Sem um pedido verdadeiro de perdão, um pedido de desculpas pela tristeza que essa ofensa trouxe a todos nós, cristãos, em plena Sexta-Feira da Paixão, o desrespeito continua”, disse Dunga.

O cantor, compositor, pregador, escritor, locutor e apresentador de TV também atribui ao post o que ele chama de “ódio religioso”: “Nossa fé precisa ser respeitada. Somos a religião do amor. Não compactuamos com o ódio religioso dessa gente. Há tanto o que fazer nas cidades, nos estados, pelo país. Aí, pegam uma data cristã importante para fazerem política com ódio. Isso é sacrilégio. Deveriam pedir perdão. As coisas não desacontecem derrubando post. E a intenção?”, questiona Dunga, que tem 629 mil seguidores no Instagram.

Outro lado

Em nota publicada no X (antigo Twitter), o MTST afirma que a Coordenação Nacional do movimento se reuniu na última quarta-feira (3) e concluiu que a montagem que atribui a frase “bandido bom é bandido morto” a três soldados romanos, enquanto assistem à crucificação de Jesus Cristo, foi inapropriada: “A coordenação considera que a postagem foi inapropriada e por isso foi deletada de suas redes. Reafirmamos o respeito às religiões cristãs e o compromisso com a liberdade de manifestação religiosa”, diz o texto.

Imagem postada pelo MTST no X

Imagem postada pelo MTST no X, que depois foi apagada pelo movimento, foi repudiada por líderes católicos

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