Madalena Leite, primeira travesti eleita vereadora em Piracicaba, é assassinada
Ex-parlamentar tinha 64 anos e foi encontrada morta em sua casa, no bairro Boa Esperança, com marcas de violência do rosto; caso foi registrado como homicídio
A ex-vereadora Madalena Leite, primeira travesti a ser eleita na cidade de Piracicaba, no interior de São Paulo, morreu nesta quarta-feira, 7. A informação foi confirmada pela Câmara Municipal da cidade. A ex-parlamentar tinha 64 anos e foi encontrada morta em sua casa, no bairro Boa Esperança, com marcas de violência do rosto. Um vizinho, que encontrou o corpo de Madalena no sofá da sala, acionou a polícia ao perceber que o portão da residência estava apenas encostado. Segundo nota, o corpo da ex-vereadora foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) e, até o momento, não existem suspeitos para o crime. O caso foi encaminhado ao Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) de Piracicaba, onde foi registrado como homicídio. O velório aconteceu na tarde de hoje das 12h às 15h.
Eleita vereadora em 2012, Madalena recebeu 3.035 votos, tendo o segundo melhor desempenho do PSDB naquele pleito. Na época, ela já era líder comunitária há 25 anos, sendo considerada um ícone na cidade. No começo de 2016, Madalena pediu afastamento da Câmara alegando motivos de saúde, após descobrir um câncer de próstata. Nas eleições seguintes, desistiu da candidatura, dizendo que, além das questões de saúde, havia sofrido agressões racistas e homofóbicas em redes sociais durante seu período no Legislativo.
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