Madrasta admite que matou Bernardo e inocenta pai pelo assassinato

  • Por Jovem Pan
  • 14/03/2019 16h39 - Atualizado em 14/03/2019 16h41
Reprodução Reprodução Bernardo com a mãe; madrasta admitiu que deu cinco doses de ritalina ao garoto

Em depoimento que prestou nesta quinta-feira, 14, no quarto dia de julgamento, a madrasta de Bernardo, Graciele Ugulini, afirmou que a maioria dos fatos conhecidos que ocorridos durante o assassinato do menino é verdade, e que tudo aconteceu por “culpa” dela. Graciele admitiu que é a responsável pela morte do garoto.

“O Leandro (pai de Bernardo) não tem nada a ver com isso, é tudo culpa minha “, afirmou a enfermeira, acusada de homicídio triplamente qualificado.

A ré chorou durante o depoimento que teve início às 9h35 desta quinta-feira, 14, e se estendeu até o fim da manhã. Esta foi a primeira vez que Graciele prestou esclarecimentos publicamente sobre o crime. O único depoimento que deu foi à polícia, em 30 de abril de 2014. O corpo de Bernardo foi encontrado em 14 de abril daquele ano.

Ao depor nesta manhã, a madrasta afirmou que levou Bernardo com ela na viagem a Frederico Westphalen, cerca de 430 quilômetros da capital, e que o menino estava muito agitado. Para acalmá-lo, a enfermeira deu cinco doses do medicamento ritalina.

“De repente eu olhei, ele estava encostado, babando… levantei a camiseta dele e vi que não tinha movimento respiratório. Chacoalhei, mexi ele e nada”, lembrou.

Graciele Ugulini afirmou à juíza que a amiga Odilaine Uglione, também ré no caso, queria levar de imediato o garoto, já desacordado ao hospital para receber atendimento. No entanto, a enfermeira admitiu que preferiu esconder o corpo da criança devido à relação dela com o marido e pai de Bernardo, o médico Leandro Ugulini. “Admito que dissimulei. Tentei de todas formas agir de forma normal para Leandro não desconfiar”, revelou a enfermeira.

*Com informações do Estadão Conteúdo

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