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Maia defende ‘diálogo’ após reunião com Bolsonaro e governadores

Rodrigo Maia

Em entrevista coletiva após a reunião da qual participou com governadores e o presidente Jair Bolsonaro, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), defendeu o “diálogo” como caminho para enfrentar a crise causada pela Covid-19.

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“Se não tiver diálogo e nem busca para entender o que o outro Poder vai fazer, não tem condições. Com o diálogo vamos ajustando e conseguindo fazer o que é mais importante, manter a estrutura de saúde sem colapso e ter uma queda menor da economia”, afirmou.

Maia ressaltou que o “isolamento é o caminho correto” para salvar vidas e pediu pela aprovação do projeto que destina ajuda de R$ 60 bilhões aos estados e municípios. Este foi um dos pontos tratados por Bolsonaro e os presidentes da Câmara e do Senado no encontro de hoje, que teve tom de cordialidade.

“Eu sabia que a reunião sairia com esse resultado. Depois de muito esforço o Governo Federal entendeu que os estados e municípios precisam de ajuda. […] Se nem em uma reunião como essa não conseguíssemos mostrar uma convergência, aí a sinalização seria a pior possível. Foi uma reunião importante, temos que ter uma convergência para salvar vidas e reduzir o dano na economia”, pontuou.

“O desemprego vai crescer, acho que precisamos ter maturidade para construir as convergências. Cada um escolhe o seu caminho, mas temos que entender que a queda econômica é igual, mesmo para países que escolheram caminhos distintos. No entanto, quem teve preocupação com o isolamento perdeu menos vidas”, continuou.

Sobre o auxílio aos entes federativos, Maia disse que o dinheiro “pode chegar até o final do mês” e sinalizou que o problema não é o repasse de recursos, mas sim a burocracia. Bolsonaro quer apoio dos chefes dos estados para o veto ao trecho do texto que permite o aumento de servidores até 2021.

Adiamento das eleições

Maia afirmou ainda que vai conversar com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), entre esta quinta-feira e o final de semana, para decidir o melhor modelo de discussão do adiamento das eleições.

“Talvez seja uma reunião do colégio de líderes das duas Casas para construir uma decisão, se adia ou não e qual período”, explicou.

Uma das propostas que já circula entre os parlamentares é adiar o primeiro turno para o dia 15 de novembro e deixar o segundo turno para o início de dezembro.

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