Maia diz que busca acordo para reinclusão de estados e municípios na Previdência
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), disse nesta terça-feira (25) que está buscando um acordo com governadores para reincluir estados e municípios na proposta da reforma da Previdência. Na apresentação do relatório feita no dia 12 de junho, o relator, Samuel Moreira (PSDB), declarou que a questão “ficaria de fora da proposta neste momento”.
A previsão das lideranças que compõem a comissão especial é que o texto seja votado na próxima segunda (1), por isso, Maia disse esperar conseguir resolver este ponto até esta sexta-feira.
“Estamos trabalhando para aprovar o mais rápido possível, mas alguns governadores devem estar em Brasília entre hoje e amanhã. Pretendo, antes do relator ler a complementação do voto, dialogar com todos os governadores sobre algum acordo para inclusão dos Estados já na comissão”, afirmou o presidente da Câmara.
Maia lembrou que “tirar os Estados fará uma diferença brutal nos próximos dez anos”, minimizando o possível atraso na tramitação da reforma. Segundo ele, “é melhor ter um pouco de paciência. O ideal é votar esta semana, se não, no máximo na próxima terça. Mas o adiamento só vale se a gente tiver clareza que vai ter espaço para negociar essa matéria com governadores”.
Apoio é fundamental
Para o presidente da Câmara, o apoio dos governadores é fundamental para dar conforto para alguns parlamentares definirem suas posições favoráveis ao texto e, assim, ampliar a margem de votos de modo que a aprovação da medida não corra risco de ser derrubada em plenário.
De acordo com ele, há hoje cerca de 315 ou 320 votos certos, mas pode-se chegar a um teto de 380 votos favoráveis. Conforme Maia, essa margem ampla é importante porque, se houver a perda de cerca de 15% desses apoios, pode-se aprovar a reforma com cerca de 340 votos a favor. São necessários, no mínimo, 308 votos para que a reforma seja aprovada pelo plenário da Casa.
Questionado sobre reclamações de parlamentares que estariam descontentes com promessas do governo em relação à reforma, Maia pontuou que ela precisa “estar fora das disputas políticas, dos embates, das agressões, dos desequilíbrios” para que a Casa tenha foco na sua aprovação.
“Ela vai garantir, no orçamento do ano que vem, um crescimento enorme de receitas. O orçamento do ano que vem é impositivo nos investimentos. A reforma da Previdência e a tributária podem garantir ai uma capacidade de investimento para o governo federal que hoje é de R$ 60 bilhões a R$ 80 bilhões, vai para R$ 150 bilhões, R$ 200 bilhões. Olha a margem do que a gente vai poder discutir no próximo orçamento”, assegurou.
* Com informações do Estadão Conteúdo
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