Meirelles: PIB potencial, com reformas, pode superar a marca de 3,5% ao ano
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, declarou em palestra na Câmara Americana de Comércio (Amcham – Brasil) que com as reformas aprovadas no Congresso, o Produto Interno Bruto (PIB) potencial do Brasil pode ter crescimento acima de 3,5% ao ano entre 2018 e 2027.
Sem reformas, o PIB potencial do Brasil deve crescer bem menos, de 2,3% em média ao ano entre 2018 e 2027. “O governo está tomando as medidas necessárias para garantir a estabilidade da economia”, disse ele, ressaltando no final de sua apresentação que o foco são as reformas.
“As reformas estruturais vão aumentar a produtividade do País”, completou.
Reforma microeconômica
Meirelles afirmou que o governo está trabalhando com “agenda extensa e intensa” de reformas microeconômicas, que vão melhorar o ambiente de negócios no país, contribuindo para a atração de investimentos e redução do “spread” bancário, com impacto positivo no crédito.
Com estas microrreformas, o Brasil vai melhorar posições no ranking de facilidade de fazer negócios elaborado anualmente pelo Banco Central. “Estamos trabalhando em uma agenda extensa e intensa no âmbito da reforma microeconômica.” O ministro citou que a Rússia, ao fazer uma série de mudanças, conseguiu dar um salto no ranking. “Não há dúvida que o Brasil tem condições de subir (no ranking).”
Ao falar da atividade econômica, Meirelles ressaltou, mostrando números em gráficos durante sua apresentação, que o valor real dos salários subiu em abril após anos de quedas consecutivas. Além disso, as dívidas das empresas e das famílias finalmente começam a cair.
Juros
Meirelles observou que as taxas estão caindo e, finalmente, o spread bancário começa a refletir alívio da política monetária. O spread é a diferença entre o custo do banco ao tomar recursos e o de repasse aos tomadores de empréstimo.
Já sobre a necessidade de reformas, sobretudo a da Previdência, Meirelles reforçou o discurso que vem fazendo, que o Brasil é um “ponto fora da curva mundial”, com a população aposentando mais cedo que em outros países.
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