Miliciano mais procurado do Rio de Janeiro, Ecko morre em ação da Polícia Civil
Criminoso foi baleado pelo menos duas vezes na altura do peito; ele foi socorrido para o Hospital Miguel Couto, mas já chegou praticamente sem vida
O miliciano Wellington da Silva Braga, mais conhecido como Ecko, chefe da maior milícia em atividade no Rio de Janeiro, foi morto em uma operação da Polícia Civil do Estado na manhã deste sábado, 12. De acordo com as informações oficiais, ele foi capturado na casa de parentes na comunidade das Três Pontes, em Paciência, na zona oeste do Rio, em um encontro com a namorada. A operação foi batizada de Dia dos Namorados e faz parte da Força-Tarefa de Combate às Milícias, criada em outubro de 2020, com o objetivo de asfixiar o braço financeiro das organizações criminosas. Ecko foi baleado com pelo menos dois tiros na altura do peito ao reagir à abordagem policial. Ele foi socorrido e levado ao Hospital Miguel Couto, mas não resistiu.
Ecko era monitorado há cerca de seis meses pela Polícia do Rio de Janeiro. Em 2018, ele quase foi preso enquanto participava de uma festa em Santa Cruz, na zona oeste fluminense. Porém, quando a Polícia chegou ao local, ele foi acobertado por seguranças e fugiu pulando o muro. Wellington da Silva Braga era paramilitar e herdou os negócios de irmão, Carlinhos Três Pontes, morto em 2017 em outra ação da Polícia Civil. Ele tinha uma estratégia expansionista: começou com as atividades na zona oeste, avançou para a região metropolitana, baixada fluminense e já adentrava o interior do Estado. Ecko fazia acordo com traficantes de drogas, no que chamou de narcomilícia. Potenciais sucessores do miliciano já foram mapeados. Segundo a Polícia Civil, as investigações seguem em andamento para localizar e prender outros integrantes de organizações criminosas.
A ação deste sábado foi coordenada pelo Departamento-Geral de Polícia Especializada (DGPE), com apoio da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial (DRCPIM), da Delegacia de Defesa de Serviços Delegados (DDSD), da Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC), da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco), da Subsecretaria de Inteligência (Ssinte), da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (CORE) e do Serviço Aeropolicial (SAER).
*Com informações do repórter Rodrigo Viga
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