Governo de Minas Gerais coloca duas regiões em restrição total de circulação para tentar conter Covid-19
Mudanças foram anunciadas pelo governador Romeu Zema nesta quarta-feira, 3, como forma de conter propagação do vírus em cidades que se aproximam do colapso na saúde
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), anunciou nesta quarta-feira, 3, restrições de circulação na área do Triângulo Norte e no Noroeste do estado, que incluem as cidades-polos de Uberlândia e de Patos de Minas. A nova fase do plano Minas Consciente, batizada de “Onda Roxa”, é mandatória para todos os municípios dentro da área demarcada pelo governo estadual. “Não é um problema municipal mais, é um problema regional. Então, a prefeitura da região que estiver na onda roxa terá duras restrições de funcionamento das atividades econômicas e também restrições no que diz respeito a horários de funcionamento”, afirmou. Segundo o governador, as medidas foram tomadas porque o sistema de saúde local está “quase colapsando”. Hoje, 74% dos leitos de UTI do Estado estão ocupados.
As medidas terão validade de 15 dias, mas poderão ser reajustadas de acordo com a situação dos leitos. “Estaremos revendo continuamente o que for necessário. Se daqui há dois dias, três dias, for necessário que outra região migre para a onda roxa, infelizmente, nós temos que fazer. Estamos aqui falando de necessidade, não de opção. Não há outro caminho a não ser esse”, afirmou o governador. O plano proíbe a circulação de pessoas e veículos que não estejam cumprindo atividades essenciais nas cidades, impõe um toque de recolher entre as 20h e 5h, proíbe a circulação de pessoas sem uso de máscara de proteção em qualquer espaço público ou espaço privado de uso coletivo e de pessoas com sintomas de gripe (exceto aquelas que estejam indo ao médico). Reuniões de pessoas da mesma família que não moram na mesma casa e eventos públicos ou privados também estão proibidos. Bares e restaurantes só poderão atender via delivery. Bancos, espaços de manutenção de equipamentos e serviços, lavanderias, serviços de TI, de dados, imprensa e comunicação, serviços de interesse público (água, esgoto, correios e funerárias), transporte público e serviços de saúde estão mantidos. A indústria só poderá funcionar se as empresas estiverem relacionadas aos serviços essenciais.
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