Ministério da Saúde admite possibilidade de diminuir intervalo entre as doses da vacina da Pfizer
Atualmente, a pausa entre as duas aplicações do imunizante é de 12 semanas; segundo a pasta, o tema segue em análise pela Câmara Técnica Assessora em Imunização e Doenças Transmissíveis
O Ministério da Saúde estuda diminuir intervalo entre as doses da vacina contra a Covid-19 da Pfizer. Em nota enviada à Jovem Pan, a pasta informou que está acompanhando a evolução das diferentes variantes do coronavírus no território nacional e está atenta a possibilidade de alterações no intervalo recomendado entre as doses dos imunizantes em uso no Brasil. Atualmente, a pausa entre as duas aplicações da vacina da Pfizer no país é de 12 semanas. O aumento da disseminação da variante Delta, registrada pela primeira vez na Índia e mais transmissível do que as outras cepas, porém, tem feito com que autoridades e especialistas considerem uma diminuição entre as doses. O intuito é que o esquema vacinal da população seja finalizado mais rápido, aumentando o número de pessoas totalmente imunizadas em um curto período de tempo.
O estudo Pitch, realizado por especialistas do Reino Unido, ainda sem revisão pelos pares, aponta que uma pausa longa, média de 10 semanas, aumenta a proteção do imunizante da Pfizer contra a variante Delta. “O longo intervalo de dosagem em duas vezes mais anticorpos neutralizantes contra todas as variantes do vírus testadas, incluindo a variante Delta, em comparação com o curto intervalo de dosagem (de duas a cinco semanas)”, diz a pesquisa. De acordo com informações da BBC, a professora Susanna Dunachie, pesquisadora-chefe conjunta do estudo Pitch, inclusive, disse que o momento da segunda dose é um tanto “flexível”, dependendo das circunstâncias. “Oito semanas é o ponto ideal para mim, porque as pessoas querem receber as duas vacinas e há muita circulação da Delta por aí agora”, disse Dunachie sobre a situação do Reino Unido. Sobre o intervalo da vacina da Pfizer no Brasil, o Ministério da Saúde afirmou que o tema segue em análise pela Câmara Técnica Assessora em Imunização e Doenças Transmissíveis e não deu detalhes sobre o possível intervalo estudado.
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