Ministério da Saúde suspende intervalo entre vacinas da gripe e da Covid-19

Orientação anterior era que houvesse intervalo mínimo de 14 dias; medida foi recomendada pela Câmara Técnica Assessora de Imunização Covid-19

  • Por Jovem Pan
  • 29/09/2021 16h44
EFE/EPA/JAGADEESH NV Pessoa colocando agulha no braço de outra, vacinando contra a Covid-19. Na foto só mostra a mão e o braço das duas. Vacinas de Covid-19 e gripe poderão ser aplicadas no mesmo dia

O Ministério da Saúde publicou uma nota técnica nesta quarta-feira, 29, em que suspendeu o intervalo entre vacinas da gripe e da Covid-19. A pasta autorizou que os dois imunizantes sejam aplicados no mesmo dia. Antes, a orientação era que houvesse um intervalo mínimo de 14 dias. A suspensão do intervalo foi recomendada na última sexta-feira, 24, pela Câmara Técnica Assessora de Imunização Covid-19 (CTAI-Covid). A entidade considerou a necessidade de minimizar perdas de oportunidades para vacinação. “A orientação é para todas as faixas etárias. A gente observa que, por conta da pandemia, há um comportamento diferente do que se via praticando ao longo dos anos. Um ou outro imunizante acabou tido, pontualmente, uma redução na cobertura vacinal. Mas o incentivo do Ministério é que todos procurem os postos de saúde para que continuem a imunização das campanhas regulares”, afirmou Rodrigo Cruz, ministro da Saúde substituto.

Segundo o Secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Medeiros, a administração simultânea de diferentes vacinas é uma prática comum no Programa Nacional de Imunizações (PNI). “A recomendação inicial para se manter um intervalo entre as diferentes vacinas foi uma medida de precaução, considerando ainda a necessidade de monitorar eventos adversos pós vacinação contra Covid-19 no momento em que as vacinas foram introduzidas no país”, explicou. “Agora, após amplo uso na população e com o perfil de segurança das vacinas Covid-19 já bem descrito, é possível adotar o intervalo reduzido. Espera-se que a medida promova ganhos importantes de saúde pública ao melhorar as coberturas vacinais no país”, completou Medeiros.

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