Ministério Público de São Paulo cria força-tarefa para investigar caso da Prevent Senior

Plano de saúde é acusado de obrigar médicos a receitarem remédios sem comprovação científica contra a Covid-19 e fraudar certidões de óbito

  • Por Jovem Pan
  • 23/09/2021 21h01 - Atualizado em 23/09/2021 21h19
Prevent Senior/Divulgação Fachada de prédio comercial Na mira da CPI, Prevent Senior nega as acusações

O Ministério Público de São Paulo criou uma força-tarefa com quatro procuradores para apurar as denúncias contra a operadora de saúde Prevent Senior. Os membros da força serão os promotores Everton Zanella, Fernando Pereira, Nelson dos Santos Pereira Júnior e Neudival Mascarenhas Filho, além do promotor “natural” do caso, Rodolfo Bruno Palazzi, que acompanha o caso no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). A Prevent Senior é acusada de medicar pacientes com Covid-19 com remédios sem comprovação científica de efetividade contra  Covid-19 como parte de um experimento científico não autorizado e fraudar certidões de óbito. A empresa nega as acusações.

A força-tarefa também receberá e avaliará documentos que a Comissão Parlamentar de Inquérito da Pandemia (CPI) remeterá ao MP, conforme anunciou na quarta-feira o presidente da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL). O procurador-geral de Justiça, Mario Sarrubbo, determinou atenção total à investigação, segundo o MP. De acordo com as denúncias de médicos que atendiam pela Prevent Senior e fizeram um dossiê, a operadora os assediava constantemente para receitar remédios como cloroquina, azitromicina, flutamida e ivermectina, chegando a estabelecer metas do quanto os medicamentos deveriam ser prescritos. A ozonioterapia, tratamento que injeta ozônio por via retal nos pacientes e não é aprovado pela Anvisa, também teria sido aplicado. Por causa disso, o plano de saúde entrou na mira da CPI da pandemia e, agora, do Ministério Público.

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