Ministro da Saúde afirma que mais medidas de restrição podem ser necessárias

DIDA SAMPAIO/ESTADÃO CONTEÚDO Paulo Guedes, Jair Bolsonaro e Mandetta durante entrevista coletiva com ministros

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou nesta quarta-feira, 18, que o governo tem conhecimento de que mais medidas restritivas podem ser necessárias para conter a pandemia do novo coronavírus. Ele, no entanto, ressaltou que “não adianta fechar tudo”, como “tem sido insinuado por alguns governadores”.

“Logística é interesse nacional. Não adianta fechar tudo e segurar o frango que está pronto para chegar. Se não chegar o cloro para colocar na água, que vai ser bebida pelos brasileiros, cai a qualidade. Ações precisam ter ótica mais centralizada”, afirmou.

Segundo Mandetta, a equipe do presidente Bolsonaro está trabalhando em conjunto para elaborar medidas nas áreas de saúde, segurança e economia. O ministro disse ainda que é esperado que haja identificação de um grande número de casos nos próximos dias, mas que é necessário alargar esse pico.

“Se todos forem subir o Monte Everest, muitos não aguentarão, por não termos equipamento e estrutura. Se conseguirmos ter montanhas como de Minas, alargar o pico, muitos terão dificuldades, mas a caminhada será menos pesarosa”, disse comparando a situação da doença no País com uma escalada.

Sistema de saúde

De acordo com o ministro, o governo reforçará o sistema de saúde para atendimentos dos pacientes contaminados e possíveis suspeitos. Entre as medidas, está a renovação da frota de ambulâncias. Foi anunciada a renovação de 20% da frota neste semestre, e outros 20% na segunda metade do ano.

Há também no governo a preocupação com a exportação de resporadores, e um esforço para abertura de leitos em hospitais conforme solicitado pelos Estados.